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Botafogo: em tom de despedida, Luís Castro terá reunião decisiva por saída

Técnico português afirma não ter decidido ainda se vai ou não para o Al-Nassr, da Arábia Saudita

29/06/2023 23:59 / atualizado em 30/06/2023 00:33
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Reunião na sexta-feira defini o futuro de Luís Castro no Botafogo
foto: IconSports

Reunião na sexta-feira defini o futuro de Luís Castro no Botafogo



O Botafogo empatou por 1 a 1 com o Magallanes (CHI), pela Copa Sul-Americana, em um jogo que pode ter sido o último de Luís Castro. O técnico português, entretanto, não cravou sua saída para o Al-Nassr, da Arábia Saudita, que fez proposta alta para contratá-lo.

- Na terça-feira passada tive reunião com Textor, em que falamos sobre o momento do clube, vitória que tínhamos alcançado em São Paulo, contra o Palmeiras, próxima janela, e falamos do interesse que podia haver do Al Nassr. Foi comunicado que não havia proposta oficial, na altura, e seguimos de voltar a ter uma conversa após uma reunião entre meu agente e meu advogado, se houvesse essa proposta - disse.
 

Luís Castro afirmou que terá amanhã uma reunião com John Textor, dono da SAF que comanda o Botafogo. Nela, estarão presentes seu agente, António Teixeira, e seu advogado. Só depois do encontro que o português decidirá seu futuro.

- Essa reunião vai ser amanhã. Portanto, se for tomar a decisão após reunião do agente, advogado e clube. A partir daí, digo. Acho que não é de bom tom aceitar algo sem haver reinado entre as partes. É o que posso dizer no momento - completou.



O treinador português também comentou sobre o papel da imprensa na "novela" que foi criada sobre a negociação. Embora afirme compreender o trabalho, criticou o excesso de notícias em uma semana decisiva para o Botafogo. 

- Compreendo o vosso trabalho. Num filme, nessa peça de teatro, o ator principal não subiu ao palco. Eu ainda não me pronunciei. Eu já vos disse publicamente que havia interesse. Disse ao presidente do clube. O que eu posso dizer? Eu não sei o que o Botafogo vai fazer amanhã - afirmou.



Sincero, Luís Castro aproveitou uma pergunta mais elaborada para cutucar os dirigentes do Botafogo e questionar se era tão fundamental assim ao projeto.

- A sociedade criou regras para nos tirar a liberdade. Eu não. Sou livre. Só tenho que respeitar o contrato. E respeito. Sou fundamental no projeto? Por que não me botaram 50 milhões na cláusula para eu não sair? Não consigo falar de outro jeito - questionou.

'O Botafogo é maior que as pessoas', diz Castro


O português aproveitou para explicar a linha do tempo da negociação. Castro afirmou que não tinha proposta oficial, e por isso, não tinha o que comentar.

- Eu não tinha proposta oficial. Acabo meu contrato em pouco tempo e agora tenho uma proposta oficial. Amanhã vamos conversar. John Textor disse que ontem chegou a proposta e hoje havia jogo. Sempre privilegiamos o jogo. Não sei onde que está, não consigo perceber como se fala há dias de uma situação que não tem novidades. Foram muitos dias a falar disso. Imagina ouvir falar disso a dias. O salário, a casa, o convite do Botafogo, reunião, fotografias que eu estava a almoçar sozinho - finalizou.



Em tom de despedida, Luís Castro retirou de si a importância sobre o sucesso do Botafogo. Para ele, o clube seguirá um caminho de sucesso mesmo que saia para o Al-Nassr.

- Não sou só agora importante porque estamos em primeiro, nós já éramos importantes, mesmo quando alguns elementos dessa família eram agredidos em campo. Fique ou parte, o Botafogo é muito maior que as pessoas. O Botafogo jamais será maltratado como maltratam muitas pessoas. Merece o respeito de todos. O Botafogo hoje é um clube respeitado.

Castro minimiza vaias: 'Entendo a torcida'

Vaiado e xingado pelo torcedor, Luís Castro minimizou os episódios. Para o treinador, o lado passional dos apaixonados pelo Botafogo faz a situação ser "natural".

- Entendo a torcida a me xingar. Claro. É uma torcida emocional. Pode partir um elemento que eles gostam tanto. Naturalmente tem que partir para cima de mim. Eu entendo. A torcida eu entendo sempre. 

 
Antes, durante e depois do jogo, o português sofreu com a ira do torcedor. 
 


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