O Botafogo empatou por 1 a 1 com o Magallanes (CHI), pela Copa Sul-Americana, em um jogo que pode ter sido o último de Luís Castro. O técnico português, entretanto, não cravou sua saída para o Al-Nassr, da Arábia Saudita, que fez proposta alta para contratá-lo.
- Na terça-feira passada tive reunião com Textor, em que falamos sobre o momento do clube, vitória que tínhamos alcançado em São Paulo, contra o Palmeiras, próxima janela, e falamos do interesse que podia haver do Al Nassr. Foi comunicado que não havia proposta oficial, na altura, e seguimos de voltar a ter uma conversa após uma reunião entre meu agente e meu advogado, se houvesse essa proposta - disse.
Luis Castro fala em tom de despedida, mas não crava saída do Botafogo. Português afirma que se encontrará amanhã com John Textor junto ao seu estafe para definir se vai ou não para o Al-Nassr, da Arábia Saudita. @SuperesportesMGpic.twitter.com/ffx5JqgcAI
Luís Castro afirmou que terá amanhã uma reunião com John Textor, dono da SAF que comanda o Botafogo. Nela, estarão presentes seu agente, António Teixeira, e seu advogado. Só depois do encontro que o português decidirá seu futuro.
- Essa reunião vai ser amanhã. Portanto, se for tomar a decisão após reunião do agente, advogado e clube. A partir daí, digo. Acho que não é de bom tom aceitar algo sem haver reinado entre as partes. É o que posso dizer no momento - completou.
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O treinador português também comentou sobre o papel da imprensa na "novela" que foi criada sobre a negociação. Embora afirme compreender o trabalho, criticou o excesso de notícias em uma semana decisiva para o Botafogo.
- Compreendo o vosso trabalho. Num filme, nessa peça de teatro, o ator principal não subiu ao palco. Eu ainda não me pronunciei. Eu já vos disse publicamente que havia interesse. Disse ao presidente do clube. O que eu posso dizer? Eu não sei o que o Botafogo vai fazer amanhã - afirmou.
Fim de jogo: Botafogo 1 x 1 Magallanes. Gol alvinegro foi marcado por Marlon Freitas. #VamosBOTAFOGO
Sincero, Luís Castro aproveitou uma pergunta mais elaborada para cutucar os dirigentes do Botafogo e questionar se era tão fundamental assim ao projeto.
- A sociedade criou regras para nos tirar a liberdade. Eu não. Sou livre. Só tenho que respeitar o contrato. E respeito. Sou fundamental no projeto? Por que não me botaram 50 milhões na cláusula para eu não sair? Não consigo falar de outro jeito - questionou.
'O Botafogo é maior que as pessoas', diz Castro
O português aproveitou para explicar a linha do tempo da negociação. Castro afirmou que não tinha proposta oficial, e por isso, não tinha o que comentar.
- Eu não tinha proposta oficial. Acabo meu contrato em pouco tempo e agora tenho uma proposta oficial. Amanhã vamos conversar. John Textor disse que ontem chegou a proposta e hoje havia jogo. Sempre privilegiamos o jogo. Não sei onde que está, não consigo perceber como se fala há dias de uma situação que não tem novidades. Foram muitos dias a falar disso. Imagina ouvir falar disso a dias. O salário, a casa, o convite do Botafogo, reunião, fotografias que eu estava a almoçar sozinho - finalizou.
%u201CNós jogadores tentamos não falar muito de treinador, de dirigente. Se ele ficar, bom, e se ele for embora, desejamos sorte. O mais importante é o Botafogo, os jogadores e a torcida. É um cara que tem nosso respeito. Se ficar, bom, se for embora, que Deus abençoe.%u201D
Em tom de despedida, Luís Castro retirou de si a importância sobre o sucesso do Botafogo. Para ele, o clube seguirá um caminho de sucesso mesmo que saia para o Al-Nassr.
- Não sou só agora importante porque estamos em primeiro, nós já éramos importantes, mesmo quando alguns elementos dessa família eram agredidos em campo. Fique ou parte, o Botafogo é muito maior que as pessoas. O Botafogo jamais será maltratado como maltratam muitas pessoas. Merece o respeito de todos. O Botafogo hoje é um clube respeitado.
Castro minimiza vaias: 'Entendo a torcida'
Vaiado e xingado pelo torcedor, Luís Castro minimizou os episódios. Para o treinador, o lado passional dos apaixonados pelo Botafogo faz a situação ser "natural".
- Entendo a torcida a me xingar. Claro. É uma torcida emocional. Pode partir um elemento que eles gostam tanto. Naturalmente tem que partir para cima de mim. Eu entendo. A torcida eu entendo sempre.