A diretoria do Botafogo não cogita a possibilidade de voltar a jogar em meio a pandemia do coronavírus.
Apesar da pressão da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), que pretende retomar em maio a disputa do Campeonato Carioca com os portões fechados, o Glorioso não parece disposto a correr riscos. Por conta disso, a diretoria já estendeu as férias dos atletas, que terminaria na próxima terça-feira, até o dia 30 de abril.
O Botafogo até participou da formulação de um documento de protocolo da Ferj para analisar a possibilidade da retomada do futebol, porém, deixou claro em comunicado que a prioridade vai ser a segurança dos jogadores.
"O Botafogo, representado pelo Dr. Christiano Cinelli, Coordenador do Departamento Médico, participou das reuniões para elaboração protocolo "Jogo Seguro", uma iniciativa da FERJ com a participação dos clubes, cujo intuito é sugerir medidas de biossegurança a todos os profissionais envolvidos na prática esportiva quando as atividades forem retomadas. A redação final do documento foi aprovada na noite de quarta-feira (15/4). O Clube reitera o compromisso em preservar os seus atletas e funcionários, bem como o calendário do futebol, e tem monitorado de forma permanente a evolução da pandemia COVID-19 junto às autoridades de saúde e esportivas", divulgaram.
Membro do conselho gestor do clube, o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro comentou a situação.
"Não existe nada mais importante que a vida dos seres humanos. Isso é a nossa prioridade. Somos responsáveis. O Botafogo só volta a sua rotina quando as autoridades entenderem que as pessoas podem voltar a trabalhar", avisou.
A Ferj vem tentando antecipar as atividades por pressão de clubes de menor investimento, que têm a maioria do elenco em vim de contrato. O Fluminense já se manifestou contra um retorno precipitado.