O comandante garantiu não ter visto o gesto do atleta e falou que primeiro vai procurar acompanhar pela TV a imagens do que ocorreu para depois, possivelmente, tomar alguma atitude em relação ao atleta, que poderá receber uma punição da diretoria botafoguense.
"Eu não vi, depois vou ver para tomar uma decisão e não ser injusto. Depois que rever o lance dou minha opinião do que aconteceu com o Bruno. Não cheguei a ver", assegurou o comandante, em entrevista coletiva, na qual ao mesmo tempo fez um desabafo ao lamentar a debandada de jogadores do elenco alvinegro durante esta temporada.
Bruno Silva possui contrato com o Botafogo até o final do próximo ano, mas já teria acordado a sua transferência para o Cruzeiro. Para que isso ocorra, porém, o clube carioca, que não pretende negociar o atleta, precisará liberá-lo.
"Quando a gente perdeu Montillo, Canalles, Sassá, Joel, eu falei lá atrás: 'Quem iria pagar a conta?' A resposta está lá atrás. Quando os resultados (positivos) acontecem fica tudo bem, mas quando eles não vêm... Uma hora a conta ia chegar", desabafou Jair ao falar sobre a falta de reposição de jogadores do mesmo nível para as perdas do elenco alvinegro.
Já ao comentar o fato de que botafoguenses vaiaram a equipe após o final do confronto desta quinta, o comandante ressaltou: "O torcedor tem que ficar chateado quando não ganhamos. O nosso hino mesmo fala, né: 'Não podes perder, perder pra ninguém'. Eles (torcedores) são os grandes responsáveis por darmos o nosso melhor".
DE SAÍDA?
Em seguida, Jair também negou que esteja de saída do Botafogo, assim como lembrou que a sua continuidade no cargo também depende dos resultados que o time conquistar em campo.
O técnico também negou que o Botafogo venha tendo uma grande queda de rendimento, embora venha de derrotas para Atlético-PR e Atlético-GO, ambas sofridas em casa. "Não acho que o rendimento caiu. O que acho é que não conseguimos a vitória. Contra o Fluminense fizemos uma partida muito abaixo, mas contra o Atlético Paranaense não. Corremos e buscamos o gol, mas não conseguimos. Não podemos ter uma queda tão grande de rendimento e sermos o segundo time do returno", opinou, para em seguida projetar três vitórias nas três últimas rodadas do Brasileirão, contra São Paulo (domingo, no Pacaembu), Coritiba (no próximo dia 26, na capital paranaense) e Cruzeiro (no dia 3 de dezembro, no Engenhão).
"Esse fim de temporada realmente é sempre difícil para o treinador, motivar quem já está pensando nas férias ou buscando um novo contrato. Vou sempre querer extrair o máximo dos meus jogadores. Não vou atribuir os últimos resultados a isso. Somos um time que perde ou ganha. Quero ganhar os três últimos, vamos lutar para isso. Que seja assim para podermos alcançar os nossos objetivos", ressaltou..