O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, concedeu entrevista coletiva na noite desta quinta-feira, após a vitória sobre o Sampaio Corrêa, e comentou sobre as cenas lamentáveis que foram protagonizadas antes do duelo da Copa do Nordeste.
O ônibus que levava a delegação do Tricolor foi atacado com uma bomba e dois jogadores foram atingidos. O dirigente descreveu o ato como um "atentado" e revelou conversas com o governador da Bahia, Rui Costa.
"Nesse momento todos nós poderíamos estar transtornados e em choque pela morte de 40 pessoas dentro do ônibus. O que estou falando aqui não é uma projeção exagerada, poderia ter acontecido. A gente encara como um atentado ao clube, a nossa história, aos nossos atletas e a nossa torcida, que não faz parte desse pensamento que foi motivado por bandidos, pessoas que devem ser presas", iniciou Guilherme.
"Eu recebi, com muita confiança, a mensagem do governador de que essas pessoas serão presas e punidas dentro da lei para que em outro momento a gente não tenha que lamentar a morte de uma pessoa dentro de um clube de futebol", completou.
O goleiro Danilo Fernandes foi quem levou mais preocupação a todos. O jogador ficou ferido ao ser atingido por estilhaços no rosto, perto dos olhos. Em suas redes sociais, ele garantiu que estava bem e iria passar a noite no hospital sob avaliação.
Bellintani esperava que cobranças seriam feitas após o rebaixamento no ano passado para a Série B, mas pediu calma aos torcedores para um processo de reconstrução. Segundo o presidente, apesar de ter "um alto índice de rejeição" em seu mandato, fará o possível para reerguer o clube.
"Eu não esperava nada diferente que depois da tristeza que trouxemos com o rebaixamento, a relação com a torcida ficasse extremamente dolorosa. O que eu gostaria muito é que a torcida nos ajudasse. Não a mim Guilherme Bellintani, um presidente com um alto índice de rejeição e com um desgaste grande", declarou.
"Eu queria, de forma muito humilde, pedir à torcida que nos dê algum tempo e apoio para tentar esse resgate e recuperação que a gente precisa. Não é apoio a mim, é apoio ao clube. Não temos bandidos dentro do clube, não temos vagabundos, não temos pessoas desonestas. Temos pessoas que foram incompetentes na gestão do futebol, que gerou o rebaixamento e uma ferida enorme", finalizou o presidente.