Segundo Humberto Netto, gerente de relações institucionais do clube, foram duas as razões que levaram o clube a iniciar o projeto 'Dignidade aos ídolos'.
"A atual gestão do clube, do presidente Guilherme Bellintani tem um projeto de resgatar a história do clube, e essa é uma das ações. Outra fonte inspiradora foi a situação do ex-lateral-direito Maílson que tem esclerose lateral amiotrófica em estágio avançado e passa por dificuldades financeiras que o impediam de ser tratado. Ele é um dos contemplados no programa", disse.
Desde que Bellintani foi eleito, em dezembro de 2017, até o programa entrar em vigor, em agosto, o projeto passou pelo Conselho Deliberativo, onde foi aprovado por unanimidade. Cinco atletas foram contemplados e mais casos são analisados. Além de Mailson, Zanata, Jorge Campos, Alberto Leguelé e Naldinho recebem entre um e três salários mínimos.
%uD83E%uDD32%uD83C%uDFFC Maílson, Naldinho, Zanata, Jorge Campos e Alberto Leguelé são os primeiros beneficiados do programa de auxílio aos ídolos do Esquadrão https://t.co/5vJnEoUVYL #BBMP pic.twitter.com/P2og9IXzwg
— Esporte Clube Bahia (@ECBahia) 27 de julho de 2018
"Gratificante" foi a palavra mais utilizada pelo ex-atacante Naldinho e pelo ex-volante Leguelé ao falarem da ação do comando do Bahia. "Viram que na época a gente não recebia um salário digno. Ajuda bastante. Os torcedores que me encontram dizem que é justo, e eu respondo que fico feliz porque melhora a situação", relata Leguelé, que recebe um salário mínimo.
Ele jogou no clube por nove anos, em várias passagens, e ganhou sete títulos baianos.
"Fiquei sabendo pelas redes sociais e por outros atletas. É um reconhecimento espetacular", conta Naldinho, que recebe dois salários mínimos por ter diabetes e problema na coluna. Ele jogou no clube entre 1989 e 1996 e foi tricampeão estadual.
O ex-jogador precisa enviar um requerimento e o Conselho Deliberativo analisa o caso para que o ídolo receba o apoio. Segundo Humberto Netto, o dinheiro vem do orçamento do clube. A ajuda está garantida até o final do mandato de Bellintani em 2020, mas ele espera que projeto seja mantido pelos seus sucessores.