Carvalhal, Lage e Pedro Martins: quem são os técnicos especulados no Galo?

 

 

Com o término da passagem de Eduardo Coudet no meio da temporada, o Atlético-MG terá um período para encontrar o novo treinador que poucas equipes nesta situação encontram: devido à Data Fifa, o time possui um prazo menos urgente, já que voltará a campo no próximo dia 21 (quarta-feira). 

 

Livres no mercado, Tite e o argentino Marcelo Gallardo estão na mira do Galo, mas seguem distantes por hoje priorizarem o mercado europeu.

Como publicou o Superesportes, o Atlético tem no radar três portugueses pouco conhecidos no futebol brasileiro: Carlos Carvalhal, Bruno Lage e Pedro Martins.

Mais experiente entre os três nomes especulados, Carlos Carvalhal construiu sua carreira principalmente em Portugal, onde já conquistou a Taça da Liga pelo Vitória de Setúbal e a Taça de Portugal pelo Braga, além de ter treinado o Sporting entre 2009 e 2011. 

Fora do país, ele comandou cinco clubes: Besiktas (Turquia), Sheffield Wednesdey (Inglaterra), Swansea (País de Gales), Al-Wahda (Emirados Árabes) e Celta de Vigo (Espanha). Neste último, onde esteve o último fim de semana, livrou a equipe do rebaixamento à segunda divisão de La Liga, o que não impediu o fim da passagem na Galícia.

 

 

Com as equipes que treinou, Carvalhal ficou conhecido pela versatilidade, por adaptar-se bem a distintos contextos. Em times mais frágeis, que brigavam contra o rebaixamento, tende a retrair suas equipes e jogar com linhas baixas, explorando os contra-ataques. 

Quando encontra elencos mais qualificados e com boas peças em diferentes posições, busca um jogo mais intenso e propositivo.

Com carreira mais curta, Bruno Lage é considerado um pupilo de Carvalhal, de quem foi assistente no Sheffield e no Swansea. Apesar do curto período como técnico, em que treinou somente o Benfica e o Wolverhampton, já soma algumas conquistas em sua trajetória. 

Pelo time de Lisboa, foi campeão português e da Supertaça de Portugal em 2019. Também foi ele quem lançou à equipe profissional do Benfica as estrelas João Félix, hoje no Chelsea, e Rubén Dias, campeão da Champions League pelo Manchester City.

Seu último trabalho, pelo Wolverhampton, onde sucedeu o compatriota Nuno Espírito Santo, durou pouco mais de um ano. Na Inglaterra, a passagem foi menos proveitosa: somou 19 vitórias, dez empates e 22 derrotas em 51 jogos pelo clube. Foi demitido em novembro passado, quando entrou no radar do Corinthians, mas a negociação não avançou.

Lage preza por um estilo ofensivo em suas equipes, e a formação que mais utiliza é o 4-4-2. Valoriza o gol e pede para que seus atacantes colaborem na marcação e pressionem a saída da bola já na defesa adversária, a fim de recuperar a posse com mais chances de gol. 

Uma mostra do ímpeto pelo ataque do português é o time do Benfica campeão da liga em 2019, que marcou 103 gols e sofreu 31, alcançando um saldo de 72. Em 34 jogos naquela temporada, os Encarnados venceram 28, empataram três e perderam três.

Pedro Martins, entre o trio, é o único que está empregado atualmente. Chegou ao Al Gharafa, do Qatar, no fim do ano passado. 

Em Portugal, somou passagens por clubes de menor expressão até chega ao Olympiacos da Grécia. Por lá, ao longo de quatro temporadas, conquistou três vezes o campeonato nacional e uma a Copa da Grécia, em 2020. 

Na primeira temporada no Qatar, ficou em sexto lugar na liga, com nove vitórias, cinco empates e oito derrotas em 22 partidas. 

Bem como Carvalhal, Pedro Martins se mostra um treinador versátil, que preza pela adaptação ao adversário. “Um componente muito forte no nosso modelo é trabalhar em função da estratégia. Explorar ao máximo as fraquezas do adversário”, disse ele em entrevista à Footure.

Se enfrenta equipes mais fortes, Martins não tem incômodo em se defender. Se sente que é possível, sobretudo contra times mais frágeis, opta por um jogo ofensivo e impetuoso no ataque. Outra característica de seu trabalho é a boa relação com os atletas e saber explorar as melhores qualidades de acordo com suas características, como ele mesmo descreve: 

– Minha gestão é de proximidade, muito próxima deles. Logo no início tenho reuniões individuais com cada um deles para saber seus objetivos e sua personalidade, seu caráter, sua essência - relatou. 

 

Coudet deixou o Atlético-MG com 21 vitórias, oito empates e seis derrotas em 35 partidas, e a conquista do Campeonato Mineiro. 

Sem ele, apesar da dolorosa queda na Copa do Brasil, o Galo está vivo na Copa Libertadores e em quarto lugar no Brasileirão. 

 

O Galo informa que:

1. Ontem, dia 10/06/2023, no vestiário do Mineirão, após o jogo contra o Red Bull Bragantino, pelo Campeonato Brasileiro, o treinador Eduardo Coudet comunicou a todos os presentes sua decisão de sair do Clube;

2. Diante do fato, Coudet não é mais o nosso... pic.twitter.com/zOClN6uQOR

%u2014 Atlético (@Atletico) June 11, 2023