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Atlético avança em negociação por venda da SAF com fim da diligência

Empresário Peter Grieve realizou análise do desempenho financeiro do Galo, que dá mais um passo para ceder parte das ações da SAF

28/04/2023 19:00 / atualizado em 28/04/2023 19:56
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Atlético avança em negociações por venda de parte da SAF
foto: Divulgação/Atlético

Atlético avança em negociações por venda de parte da SAF

 
O Atlético deu mais um passo para vender parte das ações da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Nesta semana, o clube concluiu o processo de diligência junto ao americano Peter Grieve e avançou nas negociações.

A diligência consiste na análise de todas as informações envolvendo o histórico de desempenho financeiro do Atlético. Nela, o empresário avaliou o balanço, ativo e passivo, dívidas, projeções futuras, lucratividade, demonstração de resultados, entre outros.

A informação foi adiantada pela Rádio Itatiaia, cujo acionista é também um dos mecenas do Atlético, e confirmada pelo Superesportes nesta sexta-feira (28/4).

As negociações entre Galo e Peter já duram seis meses. A diligência foi iniciada no começo deste ano e é considerada a parte mais complexa e demorada do processo. 
 
Agora, as partes iniciam o Memorando de Entendimentos (MOU - Memorandum of Understanding), um pré-contrato que prevê quais serão as obrigações e regras utilizadas em caso de conclusão do negócio.
 
É nesta fase que ficará decidido, de fato, qual será a porcentagem cedida ao investidor. Com a conclusão do MOU, Atlético e Peter podem iniciar o fechamento do contrato final. 
 
A reportagem consultou Luiz Henrique Martins, advogado especialista em SAF's, para entender os próximos passos das negociações.
 

A importância da SAF para o Atlético

 

O principal plano do Atlético para reduzir a dívida de R$ 1,571 bilhão (sem incluir o empréstimo para conclusão das obras da Arena MRV) é acertar a venda de parte da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Com o avanço nas negociações, a diretoria aguarda uma proposta formal nos próximos meses. 

 

"A SAF é considerada a única maneira de sanear o clube", afirma um dos dirigentes do clube, que ressalta a importância do fechamento do negócio ainda no primeiro semestre de 2023. 


Parte dessa dívida pode ser convertida em ações da SAF para Rubens Menin. Além dele, existe a possibilidade de outros membros do colegiado assumirem o controle do clube. São eles: Renato Salvador, Ricardo Guimarães e Rafael Menin, filho de Rubens, que completam os 4 R's.  
 
Segundo a Rádio Itatiaia, os mecenas vão investir mais R$ 100 milhões de imediato, além dos R$ 300 milhões já colocados no clube. O valor total da venda deve chegar a R$ 1,8 bilhão, incluindo a Arena MRV e a Cidade do Galo na operação.
 
Nos bastidores, a expectativa da cúpula alvinegra é que a proposta oficial seja levada ao Conselho Deliberativo até julho.

"Pelo o que está sendo visto, não tem nenhuma parecida com o que estamos desenhando e planejamos entregar para o Conselho nos próximos 60 dias", disse Guimarães ao Superesportes, em 10 de abril. 
 

O parceiro do Atlético 

 

Grieve é o acionista fundador, integrante do comitê de administração e presidente da The Football Co. De acordo com ele, os investimentos iniciais da empresa no ramo futebolístico serão de 1 bilhão de dólares (R$ 5 bilhões da cotação atual).

Em entrevista ao site Off The Pitch, o empresário garante que o grupo já adquiriu clubes da Conmebol, da Concacaf e da Uefa, além de "academias de futebol em países em desenvolvimento".

 

No Brasil, Grieve tentou um acordo com o Botafogo, que preferiu se acertar com John Textor. Neste momento, o grupo interessado no Atlético alega ter negociações com um clube inglês e vários pelo mundo.

 

"Eles estão prontos e preparados para um 'big bang'. Os clubes pertencem individualmente aos seus próprios investidores. Há um 'big bang' que vai uní-los (no The Football Co.)", prometeu o empresário estadunidense.

 

Os nomes dos outros investidores do grupo são mantidos sob sigilo por Grieve. A promessa é que a lista seja revelada aos poucos, provavelmente quando os primeiros acordos com clubes forem anunciados oficialmente na primavera no Hemisfério Norte (entre março e junho).


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