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O que dirigentes do Atlético dizem sobre a entrevista explosiva de Coudet

Conforme relatos, não está descartada a hipótese de demissão do treinador dias antes da finalíssima do Campeonato Mineiro contra o América

07/04/2023 12:00 / atualizado em 07/04/2023 12:42
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Futuro de Eduardo Coudet corre risco no Atlético
foto: AFP

Futuro de Eduardo Coudet corre risco no Atlético



Sob condição de anonimato, o Superesportes ouviu três dirigentes do Atlético acerca da polêmica entrevista do técnico Eduardo Codet, que detonou a direção do clube após a derrota do Galo para o Libertad, por 1 a 0, no Mineirão, pela Copa Libertadores.


Um deles adotou postura conciliadora: "Não é hora de buscar o confronto, é o momento de ter serenidade, conversar e buscar o entendimento. Temos uma decisão no domingo", destacou.

O outro seguiu na mesma linha, mas defendeu o presidente. "Paciência e paciência, mas com responsabilidade. Espírito de conciliação. Trouxemos nove jogadores este ano. Isso somente o Sérgio".

O terceiro disse que não está descartada a hipótese de demissão de Coudet dias antes da finalíssima do Campeonato Mineiro contra o América, marcada para este domingo, às 16h30, no Mineirão.

Porém, num primeiro momento, a ideia de Sérgio Coelho é buscar a conciliação e apaziguar os ânimos após as declações públicas de Coudet, que opuseram o treinador e os investidores atleticanos.

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Coudet dispara contra diretoria


Após o jogo, o técnico Eduardo Coudet atacou diretamente a direção do clube, em especial os 4 R's (os empresários Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador).  




"Tínhamos 18 jogadores hoje. Então qual era o objetivo real? Vi aí um investidor dizendo que eu sabia da situação. Mentira! É mentira! Esta não é a situação que me prometeram. Não é a situação real", prosseguiu Coudet, visivelmente irritado após a derrota.

"Eu acompanho até a morte meus jogadores e meu diretor esportivo. Mas meu contrato está em cima da mesa. Decidam o que quiserem", disse.



"Se querem saber, o único que pedi, faz 15 dias ou mais, foi uma cláusula de saída. Porque mudou tudo, entende? Uma cláusula de saída foi a única coisa que pedi ao diretor e aos investidores. Todo mundo sabe: sabe o presidente, sabe o diretor e sabem os investidores. Foi a única coisa que pedi: uma cláusula de saída, porque não é o que me apresentaram quando foram me contratar. Entende?", prosseguiu.



"Trabalhei todos os dias para tentar trazer quatro jogadores de graça, pedindo por favor aos investidores para que tragam um volante, porque tínhamos um só. ‘Por favor’, tivemos que pedir. Esta é a realidade de quando me buscaram? Não", reclamou.

"Vocês pensam que não vamos ter dificuldades com 20 jogadores quando tivermos três competições? Ou pensam que não tivemos que poupar jogadores no domingo? O que era mais importante: esta partida ou jogar por um título?".

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