Contratações dos clubes da Série A para 2023
Paulinho deixou o Brasil aos 18 anos, negociado pelo Vasco com o Bayer Leverkusen, na Alemanha. Na Europa, não conseguiu o destaque esperado, sofreu com uma grave lesão ligamentar e jogou menos de 100 vezes em quase cinco anos.
"Eu cheguei na Europa com 18 anos. Fiz aniversário em um dia, e no dia seguinte já viajei para me apresentar na Alemanha. Foi tudo um choque no primeiro momento, a língua, comida diferente, futebol, outra forma de ver o futebol. Aprendi muito nesses quase cinco anos que fiquei lá. Tive uma lesão muito grave no joelho, em que fiquei quase um ano sem jogar. Nunca deixei a peteca cair", relembrou.
Questionado sobre o crescimento do fluxo de jogadores brasileiros retornando do futebol europeu, Paulinho pediu critério na análise de cada caso. "Foi uma decisão muito pessoal", enfatizou.
"Cada caso é um caso. Temos que olhar bem específico para o jogador que está voltando, como foi essa passagem dele na Europa. Eu tive muitas propostas da Europa também. Mesmo assim decidi vir para o Galo, porque vi que tinha toda a estrutura para eu desempenhar um bom futebol. Foi uma decisão muito pessoal minha e da minha família, voltar para o Brasil em um clube grande e que quer conquistar títulos, isso foi o principal", justificou.
Aprendizado na Europa? Nem tanto...
Mesmo com longa passagem na Alemanha, Paulinho garante ter tido os maiores aprendizados da carreira, diretamente relacionados ao futebol, no Brasil. O jogador acredita que o esporte tem evoluído cada vez mais na terra natal, e a principal prova disso é um "Brasileirão cada vez mais forte".
"Tudo o que eu aprendi tático, técnico e até físico foi no aqui no Brasil. Tive uma base muito sólida, não só no Vasco, como na Seleção Brasileira de base. Passamos por um processo muito vitorioso na Seleção, com o treinador Carlos Amadeu, em que eu aprendi muita coisa sobre tática. Fui bem consciente do que já sabia", revelou.
"Na Europa aprendemos um pouco da cultura, da disciplina que os alemães têm. É um jogo, talvez, mais intenso do que no Brasil. Mas isso não quer dizer muita coisa, é mais uma experiência nova que temos na Europa. O Brasil não perde em nada para lá. Tem muita qualidade técnica, visões sobre como olhar o futebol, e você pode perceber isso ao decorrer dos anos, com o Brasileirão cada vez mais forte, nivelado, com muitos times brigando por títulos", acrescentou.