Após nove anos da primeira passagem de Cuca, o Atlético busca um novo trabalho duradouro no comando técnico. Desde a primeira saída do treinador paranaense, no fim de 2013, o Galo não consegue concluir duas temporadas seguidas com um mesmo comandante. A longevidade de um projeto é o foco do diretor de futebol Rodrigo Caetano.
No fim de 2013, Cuca anunciou sua saída do Atlético após a disputa do Mundial de Clubes, encerrando um ciclo que durou pouco mais de dois anos. De lá para cá, outros 16 nomes (considerando também os interinos) comandaram o time mineiro. Nenhum deles teve um trabalho de médio prazo.
O argentino Eduardo Coudet, ao que tudo indica, é a prioridade do Galo após a renovação de Vojvoda com o Fortaleza. Nos bastidores, a informação é de que o Alvinegro pretende oferecer ao novo treinador um contrato de dois anos.
"Eu gostaria muito que o próximo treinador do Galo ficasse aqui por muito tempo. Que se tivesse a tolerância necessária também com ele, porque da forma como é colocado, muitas das vezes, parece que somos nós (risos). Mas o externo hoje, lamentavelmente, determina muita coisa. Determina no nosso país, não é? Como não vai determinar no futebol?", refletiu Rodrigo Caetano.
"Lamento. Lamento muito que seja assim, porque eu sempre disse: existe uma pressão sempre pelo resultado acima de qualquer coisa. E muitos, ainda com resultado, são pressionados para trocar. No dia seguinte, vem a estatística. Eu sempre sou favorável à permanência. Por mim, o Cuca não teria saído agora, como não teria saído no ano passado, e assim sucessivamente. Nem o Sampaoli. Mas são os prazos que o futebol nos impõe", acrescentou o diretor de futebol.
Busca alinhada às necessidades do Atlético
Ainda em entrevista, na última quarta-feira (16/11), Caetano frisou a busca do Galo por um treinador com filosofias ofensivas de futebol. O dirigente reforçou a importância de que o novo comandante entenda o atual cenário do clube, repleto de desafios e iminentes transformações.
"Ideia é tentar encontrar um nome que entenda o momento atual do clube. Transformação para SAF, Arena MRV, as nossas dificuldades financeiras. Que ele esteja disposto, entenda que a responsabilidade será gigante e que seja de médio prazo. Agora, como eu disse, nem mesmo o resultado garante uma continuidade, infelizmente", enfatizou.
"Então, vamos ter o cuidado para que, talvez, o próximo encerre o ano e que possa ter o interesse e a vontade de dar continuidade no trabalho aqui no Galo. Mais do que isso eu não posso prometer", encerrou.