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Atlético: Victor critica parte da imprensa e hostilidade no futebol

Dirigente disse que, por causa da má fase do Galo, muitas especulações sem fundamentos surgem e são consumidas pela torcedor como verdades

23/09/2022 11:10 / atualizado em 23/09/2022 13:11
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Victor, gerente de futebol do Atlético, abordou vários temas na coletiva desta sexta (23)
foto: Pedro Souza / Atlético-MG

Victor, gerente de futebol do Atlético, abordou vários temas na coletiva desta sexta (23)



Em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (32), o gerente de futebol do Atlético, Victor Bagy, criticou parte da imprensa por, segundo ele, trabalhar com base no sensacionalismo e lamentou o clima de hostilidade que foi criado no futebol brasileiro.

Victor disse que, por causa da má fase do Galo, muitas especulações sem fundamentos surgem e são difundidas por parte da mídia e por influenciadores digitais.

"Quando os resultados não acontecem, muitas especulações surgem. A gente tem que ter cuidado com aquilo que a gente propaga, escuta e divulga, porque às vezes a gente percebe uma corrente, não estou generalizando, porque muitos jornalistas agem na linha do sensacionalismo, para conseguir seguidores e likes. É um sistema de autopromoção em vez de trabalhar com a verdade, porque sabemos que nem tudo que ouvimos é verdade", disse.

Nessa quinta-feira, um repórter da Argentina noticiou que o meio-campista Nacho teve atrito com o técnico Cuca e o atacante Hulk. Todos no clube negaram essa versão.
 

Hostilidade 


Ele ainda queixou-se do clima de hostilidade que foi criado no futebol brasileiro. Nesta semana, a maior torcida organizada do Atlético, a Galoucura, intimidou o meio-campista Zaracho em um bar de Belo Horizonte.

"A gente vive em uma cultura do resultado, quando se ganha, tudo pode; ganha não ganha, nada pode. Acho que a gente tem que quebrar um pouco esse paradigma, sabendo que o atleta tem vida pessoal, tem família e nada impede que, as coisas não caminhando bem em campo, ele tenha momentos de lazer, sair para jantar, encontrar os amigos, não vejo problema nenhum, desde que com responsabilidade, desde que você não prejudique o clube com suas escolhas". 

O dirigente ainda disse que os jogadores buscam a vitória em campo para ter paz em sua vida privada, não para desfrutar do esporte. "Infelizmente, no futebol, a gente observa que você entra para vencer o jogo, não para desfrutar, não é para dar alegria, é para ter paz. A gente vê exemplos de jogadores que voltaram ao Brasil, encontraram esse ambiente de hostilidade e que saíram, caso do Willian, do Corinthians. Então, isso é muito ruim", lamentou.

Elogios ao ambiente do Atlético


Victor disse que há uma boa relação entre os jogadores e a comissão técnica. Ele destacou que o grupo está comprometido e que busca retomar as vitórias em campo.

"Nós temos um ambiente muito saudável, de amizade, muito profissional, no qual os jogadores trabalham exaustivamente. Se você pegar o dia a dia do clube, todos os jogadores já chegam uma hora antes para fazer o pré-treino. Isso mostra o compromisso. A gente sabe que o ambiente bom é o ambiente de vitórias. E é isso que a gente quer retomar". 

Permanência de Cuca


O dirigente ainda destacou que a permanência do técnico Cuca é o desejo da diretoria para o ano que vem.

"Essa é uma preocupação de termos um nome para o técnico. O Cuca é o nome a ser mantido, não é segredo para ninguém, é o desejo do presidente e da diretoria. Inclusive, o Cuca tem participado de reuniões para 2023, mas ainda não houve essa definição. Estamos buscando definir com o Cuca, se ele permanece ou não, para depois seguir como o planejamento, mas o Cuca é o nome em pauta, porque conhece o clube, conhece o elenco, sabe onde a gente precisa evoluir, é o mais vitorioso e a gente defende a continuidade dele no clube", destacou.

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