Nesta quinta-feira (22/9), o Atlético foi às redes sociais para cobrar que a divisão de receitas seja mais equilibrada no futebol brasileiro. O clube alvinegro usou como exemplo a Premier League, campeonato nacional da Inglaterra, em que o primeiro colocado ganha apenas 1,5 vezes mais do que o último.
O Galo publicou uma imagem com o detalhamento das receitas dos clubes ingleses na última temporada. No país, 50% da receita da televisão é igualmente dividido entre todos os clubes.
Outros 25% são compartilhados com base na frequência com que as partidas de um clube são transmitidas no Reino Unido (chamadas Facility Fees) e mais 25% divididos com base na classificação final do clube na tabela do torneio (pagamento por mérito).
O Atlético acredita que essa divisão faz o campeonato ser mais competitivo e pede para o conceito ser implementado no Brasil.
"Na Premier League o clube de maior receita recebeu 153M e o de menor 101M. Diferença de 1,5x. Os fatos mostram que uma divisão mais equilibrada gera mais competitividade e mais receitas. Esse é o conceito em que acreditamos e o motivo pelo qual fazemos parte da #LigaForteFutebol", publicou.
No Brasil, 40% são dividos de forma igualitária, 30% por exposição (quantidade de jogos transmitidos na televisão aberta) e 30% por colocação final.
Além do clube mineiro, Athletico-PR, Fluminense e Fortaleza se manifestaram. Todos fazem parte do bloco Futebol Forte, ala da Libra (Liga Brasileira), que ainda conta com América, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Ceará, Chapecoense, CSA, CRB, Coritiba, Criciúma, Cuiabá, Fortaleza, Goiás, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sampaio Corrêa, Sport, Tombense e Vila Nova.
O contrato da TV Globo com os clubes que disputam o Campeonato Brasileiro vai até 2024. A intenção é que a Liga inicie em 2025, já com novos acordos celebrados e em condições muito melhores para os filiados.
Veja, a seguir, a formação de cada bloco e suas propostas:
LIGA BRASILEIRA (LIBRA) - FUNDADORES DA LIGA
Integrantes: Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Bragantino, Ponte Preta, Flamengo, Vasco e Cruzeiro
Proposta de divisão de receitas:
40% do valor repartido de forma igualitária entre as equipes
30% de acordo com sua performance nas Séries A ou B
30% variáveis por engajamento e audiência.
15% do valor arrecadado vai para a Série B
FUTEBOL FORTE
Integrantes: Atlético, Athletico, América, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Ceará, Chapecoense, CSA, CRB, Coritiba, Criciúma, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás ,Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sampaio Corrêa, Sport, Tombense. Vila Nova
Proposta de divisão de receitas:
50% igualitário
25% performance
25% comercial, com parâmetros objetivos e mensuráveis
Diferença de receita entre maior e menor clube tendo como alvo o limite de 1.6 ao longo do tempo (referência Premier League), com o teto de 3.5 a partir do primeiro ano;
Compromisso de que a Série B receba 20% dos recursos de venda de direitos de transmissão
Clubes sem lado definido
Grêmio, Internacional, Bahia e Botafogo