O Atlético chegou ao sexto jogo consecutivo sem vencer no Mineirão. Apesar do empate por 1 a 1 com o Bragantino, o técnico Cuca enxergou evolução da equipe alvinegra. Com o resultado, o Galo perdeu a chance de colar no G6 do Campeonato Brasileiro.
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Na visão de Cuca, o Atlético teve boa exibição, especialmente no primeiro tempo. Para o treinador, a atuação do Galo na etapa inicial relembrou o futebol apresentado no ano passado, quando o time ganhou o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
"No primeiro tempo, jogamos o que jogávamos ano passado, mesma intensidade, mesma movimentação. Um jogo muito bem jogado, fizemos o gol, criamos outras oportunidades. E, em um erro nosso de cobertura, acabamos tomando um gol de empate. Foi uma pena pelo que jogamos na primeira etapa", destacou.
Para Cuca, a queda de produção do Galo na etapa final teve relação com a mudança de postura do Bragantino, que baixou as linhas e praticamente não foi ao campo de ataque.
"No segundo tempo, mudou o jogo. O Bragantino não veio mais marcando em cima como no primeiro tempo, baixou bem as linhas. Jogamos o tempo todo no campo de ataque. Foi um ataque contra defesa, mas sem a fortuna de fazer o gol. Muitas finalizações, a exemplo do que vem acontecendo na maioria dos jogos. Foram mais de 20 finalizações, bola na trave. O Bragantino com um jogo defensivo muito consistente, com a zaga defensiva e sólida. À medida que vai passando o tempo, vai ficando mais ansiosa a torcida, os jogadores, e as coisas, naturalmente, não saem como saíam no primeiro tempo e também até aos 20, 25 do segundo tempo", completou Cuca, lamentando a falta de eficácia das substituições nesta tarde.
"Às vezes, as trocas que a gente faz ajudam a equipe, mas às vezes não surtem efeito, como não surtiram hoje. As cinco que eu fiz não deram aquele 'up' que o time precisava, até pelo momento do jogo, que era bem mais tenso. A torcida estava melhor do que o ano passado hoje. Aí cai um jogador, fica três minutos no chão e o jogo esfria. Aí você tem que fazer ferver de volta e você não consegue. Isso faz parte do jogo. Muitas vezes meu time fez isso também".
Cuca fez diversas mudanças no esquema do Atlético para tentar quebrar a barreira imposta pelo Bragantino. O treinador explicou as variações utilizadas em campo e afirmou que a equipe mostrou evolução em campo.
"Tentamos com dois atacantes, Vargas e Sasha. Quando vimos que não estávamos tendo êxito, tentamos com dois meias, Keno de um lado, Pavón do outro e um centroavante, ficando apenas com Allan atrás, liberando os laterais. Tomamos conta do jogo, tivemos mais que o dobro de posse de bola, mais que o triplo, quádruplo, de finalizações. Um jogo que não foi mal jogado, longe disso. Mas não foi suficiente, mais uma vez, para vencer em casa. Não tem o que falar, tem que seguir trabalhando da mesma forma. Por mais difícil que seja entender, vi muita evolução no jogo, mas não teve evolução no resultado final".
O treinador voltou a citar que o Atlético teve boa atuação, mas lamentou a ausência de peças que poderiam mudar o rumo do jogo, como os atacantes Hulk e Alan Kardec, ambos no departamento médico.
"Não é o jogador que é culpado. São os jogadores, o treinador. Somos todos, juntos, culpados. Somos nós que perdemos. Não está jogando mal. Se ver a performance. Se olhar o raio-x do jogo, vai ver que foi um grande jogo, 70 minutos muito bem jogados. Mas não foi o suficiente. Faltou uma característica um pouco diferente no final do jogo, porque o jogo estava muito fechado atrás. O Hulk fez falta, o Alan Kardec. São jogadores que têm presença de área maior", concluiu.
Com o empate no Mineirão, o Atlético chegou aos 40 pontos no Campeonato Brasileiro. O Galo ocupa a sétima posição, com dois pontos a menos que Athletico-PR e Fluminense. O Alvinegro volta a campo apenas no dia 17 de setembro, contra o Avai, na Ressacada.