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Atlético vive maior jejum em casa desde o ano do rebaixamento

Galo vive série de cinco partidas sem vencer como mandante na temporada, com dois empates e três derrotas; em 2005, foram seis jogos

23/08/2022 04:00 / atualizado em 23/08/2022 08:36
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Derrota para o Goiás ampliou jejum em casa do Atlético
foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press.

Derrota para o Goiás ampliou jejum em casa do Atlético


'Matadouro'. O termo utilizado pelo técnico Cuca beira o bélico, mas descreve com exatidão o que o Mineirão significou para a maioria dos adversários do Atlético no vitorioso 2021. A fortaleza de outrora, porém, contrasta com o momento atual. São cinco jogos seguidos sem vencer no estádio, maior jejum alvinegro como mandante desde 2005, fatídico ano do rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro.

O último triunfo atleticano em casa vai completar dois meses. Em 5 de julho, o time, ainda comandado pelo técnico Antonio 'Turco' Mohamed, derrotou o Emelec por 1 a 0 no Mineirão, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. A próxima partida em casa será só no feriado de 7 de setembro, diante do Red Bull Bragantino, pelo Brasileirão.

Entre um jogo e outro, foram dois empates, três derrotas, cinco gols marcados e oito sofridos - um baixíssimo aproveitamento de 13,3% dos pontos disputados. Os tropeços como mandante marcaram a eliminação para o Palmeiras nas quartas de final da Libertadores e a queda para a sétima posição na Série A, com 35 pontos, a 14 da liderança.

Este ano, o aproveitamento do Atlético em casa por todas as competições é de 66,6%. No vitorioso 2021, que terminou com títulos do Mineiro, da Copa do Brasil e do Brasileiro, foram impressionantes 88,5%. A comparação mais precisa do momento atual, porém, não é com o melhor ano da história alvinegra, e sim com o pior.

Na reta final do Brasileiro de 2005, o Atlético ficou seis jogos seguidos sem vencer em casa. A sequência começou com um empate com o Internacional e seguiu com derrotas para Paraná, Cruzeiro, Fortaleza, Palmeiras e Goiás.

De lá para cá, o Atlético não repetiu a série de seis jogos sem vencer em casa. Em 2016 (duas derrotas e três empates) e 2017 (quatro derrotas e um empate), viveu jejum de cinco partidas como mandante, a exemplo do que ocorre atualmente. E isso preocupa Cuca.

"A diferença para nós este ano é o jogar em casa. Fora, está muito parecido com o ano passado: 50 e poucos por cento, que foi o que a gente teve. A diferença está em casa, que era o nosso 'matadouro' e você sabia que ali tinha quase 100% de vitória", disse o treinador.

A avaliação de Cuca faz sentido. Em 2021, o time campeão brasileiro fez 56,1% dos pontos disputados fora de casa, contra 51,5% na temporada atual. Como mandante, porém, a diferença é brutal: 91,2% no ano passado e só 50% este ano.

"Isso não acontecia e a gente tem que podar isso da melhor maneira. A gente tem que voltar a ser forte em casa, a gente tem o apoio da torcida. A torcida cantou o jogo inteiro (na derrota por 1 a 0 para o Goiás, no último domingo), mesmo a gente perdendo", prosseguiu.

"A gente não tem um ‘A’ para reclamar, pelo contrário, mais de 30 mil pessoas num jogo com o Goiás depois de você ser eliminado da Libertadores. Quem está em dívida somos nós, comissão técnica e jogadores", completou.

A próxima chance para o Atlético se recuperar no Brasileiro será em Belo Horizonte, mas como visitante. O Galo visita o América no Independência, neste domingo, a partir das 16h, pela 24ª rodada.

O 'jejum' do Atlético como mandante


Atlético 0 x 0 São Paulo (Campeonato Brasileiro)
Atlético 1 x 2 Corinthians (Campeonato Brasileiro)
Atlético 2 x 2 Palmeiras (Copa Libertadores)
Atlético 2 x 3 Athletico-PR (Campeonato Brasileiro)
Atlético 0 x 1 Goiás (Campeonato Brasileiro) 

 


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