O Atlético estuda a transformação para SAF (Sociedade Anônima do Futebol) ainda em 2022. A decisão ainda precisa passar por aprovação do Conselho Deliberativo.
Com a migração para clube-empresa, haveria a separação do Atlético como associação civil - clube social - e o departamento de futebol, a ser comandado pela SAF.
A intenção dos dirigentes do Galo é que a SAF seja vendida para um "grupo internacional forte". A informação foi antecipada pelo ge nesta quarta-feira (17/8).
Pela Lei da Sociedade Anônima do Futebol, as instituições precisam manter, no mínimo, 10% da SAF. Qualquer parcela acima desse percentual pode ser comercializada a um investidor. As empresas, apesar disso, buscam sempre o controle majoritário dos clubes - ou seja, ao menos 50,1% das ações.
Ainda que não possua a maior parte das ações, as Associações Civis têm poder de veto em possíveis trocas de sede, cor do uniforme, hino e escudo. As medidas visam preservar as tradições e histórias dos clubes.
Sem um investidor definido, o Atlético se prepara para as negociações. Em junho, o Galo contratou as empresas BTG Pactual e Ernst & Young para o contato direto com os interessados e, consequentemente, as tratativas financeiras.
Diretrizes da SAF
O Atlético tem uma dívida global bruta que se aproxima de R$ 1,47 bilhão - sendo mais de um terço desse valor em débitos onerosos, que são os que mais prejudicam a saúde financeira do clube. Com relação às dívidas fiscais (impostos), o Galo aderiu aos programas Profut e PERSE e já tem parcelas acordadas pelo pagamento.
De acordo com a Lei da SAF, o clube-empresa deve repassar 20% do faturamento e 50% de eventuais lucros para que o clube pague dívidas cíveis e trabalhistas constituídas pela associação civil antes da migração.
O modelo adotado pelo América, tradicional rival, é o que mais agrada ao Atlético. Ainda que não tenha fechado parceria com um investidor, o Coelho se transformou em SAF em dezembro de 2021.