Atacante Hulk durante a partida entre Atlético e Palmeiras
"Uma coisa que é um pouco dolorosa é a falta de reconhecimento, não por parte dos torcedores, que cobram muito, mas apoiam muito também e sempre vão ter nosso respeito. Mas o pessoal da imprensa, que fica criticando o Clube Atlético Mineiro, precisa ter um pouco de consciência, porque de um ano para cá, somos o time mais ganhador do Brasil", disse.
"Em ano e pouco tivemos cinco títulos, e é o mesmo time. Por vezes não vamos conseguir, mas nem por isso, me desculpe a palavra, não somos uns merdas. Pelo contrário, as coisas acontecem quando têm que acontecer. Não somos uma máquina que vai jogar bem todas as vezes", prosseguiu o atacante, em declaração dada na zona mista pós-jogo.
O jogo contra o Palmeiras
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O enredo da partida contou com duas expulsões do lado alviverde (Danilo, no primeiro tempo, e Gustavo Scarpa, no segundo) e uma do lado alvinegro (Vargas no último lance do jogo).
"É difícil, depois de dois jogos bem disputados, sair lamentando mais uma vez. Tem que reconhecer o mérito do adversário, estávamos muito bem até a expulsão do Danilo. O Abel (Ferreira, técnico do Palmeiras) fez uma linha de cinco e outra com quatro jogadores, e ficou difícil para a gente jogar", elogiou Hulk.
"Eles se defenderam muito bem, não causaram perigo, pois defendiam e davam o chutão para a frente, fizeram o que tinha de fazer para classificar. A gente lutou, a gente tentou. É futebol, quem entende de futebol, quem consegue fazer uma leitura do jogo vai entender que a gente trabalhou pra caramba. Só que eles foram muito bem na parte defensiva, é tirar o chapéu para o Abel, que fez muito bem", prosseguiu.
"Os jogadores fizeram um papel muito bem feito ali. Já na expulsão do Scarpa estava no fim do jogo. A gente lutou, buscou, tivemos a bola na trave, a cabeçada do Jair. Só nos resta lamentar, levantar a cabeça e trabalhar. Futebol é assim", completou.
Fotos da classificação do Palmeiras sobre o Atlético nos pênaltis
'Jogadores merecem respeito'
Campeão mineiro, brasileiro e da Copa do Brasil em 2021, o Atlético iniciou 2022 em alta. Ainda sob comando de Turco Mohamed, ganhou novamente o Estadual e levou a Supercopa do Brasil diante do poderoso Flamengo.
O desempenho do time, porém, nunca chegou perto do apresentado na temporada passada. Nesse cenário, o treinador argentino foi demitido e substituído por Cuca, que comandou a equipe vitoriosa de 2021. Porém, nesse meio tempo, o Atlético foi eliminado da Copa do Brasil e da Libertadores.
"O mais importante é reconhecer o peso dessa derrota. Uma temporada que começamos muito bem, com dois títulos importantes, e depois as coisas foram desandando um pouco. O Atlético continua sendo um grande time, de vencedores. Os jogadores merecem respeito pelo que vêm fazendo", disse Hulk.
"Claro que a gente tem que ser cobrado, tem que ser cobrado sim. Eu próprio me cobro. Chego em casa, não consigo dormir, não consigo dar atenção para a minha família. Fico muito trancado, sozinho, para refletir um pouco, porque não é fácil", lamentou.
O Atlético tem pela frente apenas jogos do Campeonato Brasileiro nesta temporada. Serão 17 partidas para a equipe tentar se recuperar. Atualmente, o Galo ocupa a sétima posição, com 32 pontos - 13 a menos que o líder Palmeiras.
"É vida que segue. São 17 jogos agora, 17 finais. Nos resta dar o nosso melhor, a nossa vida, para somar o máximo de pontos possíveis e, quem sabe, poder fazer contas no final", pontuou Hulk.
O próximo jogo do Atlético pelo Brasileirão é neste domingo, às 11h, contra o Coritiba, no Couto Pereira, pela 22ª rodada.