Após acusar Hulk de danificar uma porta do vestiário do estádio Serrinha, em Goiânia, o assessor do Goiás, Fernando Lima, se desculpou com o atacante do Atlético por meio de nota nesta quarta-feira (4).
A acusação ocorreu após o empate em 2 a 2 entre as duas equipes, no sábado passado, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.
A foto da porta do vestiário foi enviada por Fernando em um grupo de mensagens com jornalistas que cobrem o cotidiano do clube. A imagem estava acompanhada do texto: "Incrível Hulk e o chute que ele deu na porta na entrada do vestiário da arbitragem".
No mesmo grupo, o assessor se retratou e disse que não teve a intenção de prejudicar ou ofender o jogador atleticano.
"Em grupo privado da imprensa no WhatsApp postei a imagem da porta danificada e fiz um trocadilho associando a força do senhor Givanildo ao ato, sendo que em momento algum tive a intenção de ofender ou prejudicar quem quer que seja. Naquele momento fui tomado pela emoção e me deixei levar por informações trazidas a mim por terceiros e não checadas por minha pessoa", afirmou.
Além de se desculpar, Fernando Lima admitiu não ter checado as imagens das câmeras de segurança do estádio (veja a nota completa ao fim da reportagem) antes de acusar Hulk do vandalismo.
Polêmica no Serrinha
A nota do assessor foi divulgada após Hulk enviar uma notificação extrajudicial ao clube esmeraldino com pedido de retratação pública no domingo. O atacante prometeu tomar ações judiciais e esportivas caso o pedido de desculpas não acontecesse.
Assim que a mensagem de Fernando atribuindo a Hulk o vandalismo no estádio viralizou na imprensa, o astro do Galo desmentiu a acusação em seu Instagram. "Fake news! Acusar alguém pelo que não fez é crime!", escreveu.
Nesta quarta-feira, após ficar ciente da nota divulgada pelo assessor, Hulk voltou a se manifestar na rede social. "A verdade sempre vence", publicou o atacante.
O diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, chegou a pedir desculpas à diretoria do Goiás pelo ocorrido, mas não soube precisar quem teria sido o responsável pelo ato.
Em campo, Hulk marcou o primeiro gol do Atlético no jogo. Porém, no segundo tempo, Apodi deixou tudo igual. O Galo não se abateu com o gol sofrido e, logo em seguida, pulou à frente no placar novamente, com Vargas.
No fim do jogo veio o lance mais polêmico. Apodi finalizou em direção à meta de Everson, mas a bola explodiu no braço de Arana dentro da área. Após ser informado do toque dentro da área pelo VAR, o árbitro foi à beira do gramado consultar o monitor.
Bruno Arleu de Araújo analisou o lance e decidiu assinalar o pênalti para o Goiás. Na cobrança, Elvis deixou tudo igual mais uma vez.
Nota de retratação pessoal de Fernando Lima
Em 30/04/2002, após o jogo entre Goiás Esporte Clube e Clube Atlético Mineiro válido pelo Campeonato Brasileiro 2022, fui informado que alguns dirigentes e atletas do CAM, estavam interpelando a equipe de arbitragem da partida, e que durante esta discussão, a porta de acesso ao vestiário da arbitragem no estádio Hailé Pinheiro, fora danificada. Como de fato foi danificada.
Recebi a imagem do fato narrado acima, corroborada pelas informações de funcionários do Goiás e terceiros que presenciaram o aludido fato e de que teria sido o atleta Givanildo (Hulk) o possível causador de tal dano.
Em grupo privado da imprensa no WhatsApp postei a imagem da porta danificada e fiz um trocadilho associando a força do senhor Givanildo ao ato, sendo que em momento algum tive a intenção de ofender ou prejudicar quem quer que seja. Naquele momento fui tomado pela emoção e me deixei levar por informações trazidas a mim por terceiros e não checadas por minha pessoa.
Saliento que naquele momento agi por impulso, sem consultar os membros da direção do Goiás e sem a devida checagem das imagens das cameras internas de segurança.
Ressalto que em momento algum o Clube autorizou ou publicou qualquer nota ou imagem do caso em seus canais oficiais.
Peço minhas sinceras desculpas ao Sr. Givanildo (Hulk), ao Clube Atlético Mineiro e ao Goiás Esporte Clube por todo e qualquer transtorno que minha ação impensada tenha causado, assumindo toda responsabilidade pelo lamentável fato.