Um deles tem relação com o fato de a decisão deste ano ter sido em final única. Foi a primeira vez na história que o Atlético superou a Raposa com a final neste formato. Em 1972 e 1990, os arquirrivais estiveram frente a frente numa finalíssima em somente uma partida e o lado azul prevaleceu em ambas.
Em 1972, a decisão do Estadual previa um quadrangular final. Atlético, Cruzeiro, América e Atlético de Três Corações buscavam a taça. Galo e Raposa terminaram empatados e decidiram o título num jogo desempate. Em 7 de setembro daquele ano, Palhinha e Dário balançaram as redes para a Raposa e Galo, respetivamente, no tempo normal. Na prorrogação, Palhinha marcou de novo diante de 63.011 pessoas no Mineirão.
A finalíssima de 1990 seguiu um roteiro parecido. O Cruzeiro chegou à decisão por ter sido o campeão do primeiro turno, enquanto o Atlético faturou o segundo. Num Mineirão lotado, com cerca de 100 mil presentes, Careca decidiu para a Raposa em 3 de junho.
Na época, o Galo também buscava o tricampeonato depois de uma década de 1980 hegemônica na qual foi campeão de oito dos 10 estaduais. Antes de ganhar em 1988 e 1989, o Alvinegro havia ficado com o caneco em 1980, 1981, 1982, 1983, 1985 e 1986.
Novo Mineirão dividido
Outro tabu que caiu por terra foi o de o Atlético não vencer o Cruzeiro com torcida dividida no novo Mineirão. Desde a reinauguração em 2013, após a reforma para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, os rivais se enfrearam naquelas condições em apenas duas oportunidades.
A primeira foi na reabertura do Gigante da Pampulha. Em 3 de fevereiro de 2013, num clássico antecipado pela terceira rodada do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro venceu por 2 a 1. Os gols foram de Marcos Rocha (contra) e Dagoberto para o Cruzeiro, e Araújo descontando para o Atlético. Ao todo, 59.968 torcedores estiveram presentes.
Quatro anos depois, em 2017, o torneio era outro, mas de novo a Raposa venceu: 1 a 0. Arrascaeta fez o gol em duelo válido pela fase de grupos da Primeira Liga, em 1º de fevereiro. O público foi de 41.430 presentes.
Galo tricampeão
Neste sábado (2), a história foi diferente. Hulk, com dois gols, e Nacho decidiram para o Atlético na vitória em cima do Cruzeiro, por 3 a 1. Edu fez o gol de honra para a Raposa.
O Galo se tornou tricampeão com 88% de aproveitamento. Em 14 jogos, foram 12 vitórias, um empate e uma derrota levando a torcida à loucura no Mineirão e por toda a Belo Horizonte