"Hoje, estou voltando ao Atlético depois de dois meses de 'férias’' Estou muito contente, minha família também. Escolher o Galo foi fácil, estou em casa. Minha família gosta de BH, do Clube Atlético Mineiro. Foi muito fácil. Falei com minha mulher, e ela falou para mim: ‘Vamos para BH. Temos nossa casa, já conhecemos tudo, para jogar três meses ou um ano, não tem problema’. Por isso, tomei a decisão", disse, durante a apresentação nesta quarta-feira (16), na Cidade do Galo.
"Sinceramente, aqui do Brasil, falaram com o meu empresário, fora o Galo, três times importantes. Mas quem falou comigo diretamente foi o Rodrigo Caetano (diretor de futebol do Atlético). Ninguém me ligou, ninguém falou", prosseguiu o defensor de 29 anos, que ganhou de Diego Godín a possibilidade de vestir a camisa 3 novamente.
"A única pessoa que conversou comigo diretamente foi Rodrigo, falando que o Galo era a minha casa, que eu tinha as portas abertas para voltar, para jogar três meses, um ano… Que não tinha problema, que aqui a massa atleticana gostava de mim, que meus companheiros me respeitam, têm um apreço pela minha pessoa", completou.
Em janeiro, Alonso foi vendido pelo Atlético ao Krasnodar-RUS por 8,2 milhões de dólares (cerca de R$ 46,4 milhões na cotação da época). A invasão da Rússia à Ucrânia, porém, teve reflexos no futebol russo. O zagueiro paraguaio, então, teve o contrato suspenso e foi liberado para retornar à Cidade do Galo por empréstimo até o fim de 2022.
Na primeira passagem, Alonso ficou um ano e meio no Atlético. Foram 89 partidas, dois gols e quatro títulos: o Campeonato Brasileiro de 2021, a Copa do Brasil de 2021 e os Campeonatos Mineiros de 2020 e 2021. Nos títulos do ano passado, o paraguaio teve papel decisivo e foi o capitão da equipe. De volta, crê que a responsabilidade é ainda maior.
"Sei que hoje a exigência é maior, porque a gente ganhou quase tudo no ano passado. Hoje, a expectativa é muito grande, a massa atleticana tem expectativa de que a gente possa conseguir de novo todos esses feitos. Então, sei que minha responsabilidade é maior", avaliou.
Pronto para jogar
Alonso não atua num jogo oficial desde que deixou o Atlético. Na Rússia, fez a pré-temporada com o Krasnodar-RUS e estava prestes a estrear, mas a guerra fez o planejamento mudar. Apesar disso, o zagueiro se diz pronto para jogar novamente. Basta que seja registrado no Boletim Informativo Diário (BID), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e que o técnico Antonio Mohamed queira.
"Estou (pronto) para jogar. Estava trabalhando normalmente. Faltando dois dias para começar o Campeonato Russo, começou a guerra. Aí (o futebol na Rússia) foi suspenso, 15 dias atrás. Fiquei uma semana trabalhando a parte física no Paraguai. Ontem (terça-feira), cheguei, coloquei a chuteira e já comecei a treinar com meus companheiros. Hoje, também, de forma normal. Então, quando o treinador precisar de mim, estou (pronto) para jogar”, afirmou.
"O que mais quero é jogar. Vai depender de ser liberado no BID e também da decisão do treinador, mas fisicamente estou muito bem, sempre trabalhei bem. O preparador físico sabe que sou uma pessoa muito profissional, que trabalho sempre muito bem e que fisicamente estou em ótimas condições. Então, só vai depender dessas questões para estrear sábado ou outro dia", finalizou.
O próximo jogo do Atlético é contra a Caldense, pela 11ª rodada do Campeonato Mineiro. As equipes se enfrentam a partir das 16h30 de sábado, no Mineirão, em partida que pode assegurar ao Galo a liderança da fase classificatória da competição e marcar a reestreia do camisa 3.