De acordo com o Diário Olé, o atacante Cristian Pavón não deve voltar a jogar pelo Boca Juniors. Ele não foi relacionado para os três jogos neste início de temporada: 1 a 1 com o Colón; 2 a 1 sobre o Aldosivi; e 2 a 1 diante do Rosario Central. O jornal informa que o Atlético tenta acelerar o acordo com o atleta e com o time argentino para tentar definir a chegada do jogador de 26 anos a Belo Horizonte o quanto antes.
"O assunto é tão sério que, como Olé antecipou, já houve reuniões entre os dirigentes do Atlético e parte da representação do jogador sobre o assunto. 'Encontraram-se nesta quarta-feira', confirmam do Brasil, e não só isso, mas também há tanta confiança que confirmam que 'o Pavón seguramente vai ser um jogador do Atlético'. A ideia é que nas próximas horas fique definido se ele sai em julho ou agora mesmo", publicou o jornal.
O Boca Juniors ainda não tem uma posição clara sobre o assunto. "O que a Boca vai fazer? Vai esperar a oferta formal do Atlético e tentar pelo menos perder o mínimo possível negociando um valor que acerte os dois clubes? O Boca vai rejeitar uma possível oferta dos brasileiros e deixá-lo em liberdade em julho perdendo ativos? Por enquanto, respostas que só o Conselho de Futebol pode ter; enquanto isso, o Atlético quer levar Pavón agora", acrescentou o Olé.
Pavón tem contrato com o clube argentino até 30 de junho, mas não renovará o vínculo.
Em entrevista à rádio argentina La Red, após a conquista do título da Supercopa do Brasil pelo Atlético, o técnico Antonio Mohamed comentou sobre a possibilidade de contar com Cristian Pavón como reforço na Cidade do Galo. Segundo 'El Turco', o atacante deve chegar à Cidade do Galo em julho deste ano.
"Os dirigentes do Atlético me disseram que há chance de Pavón vir em julho. Ele é um grande jogador", declarou o comandante alvinegro.
Antes de iniciar conversas com o atacante, o Galo investigou a vida do argentino tanto dentro das quatro linhas quanto fora delas. Causou preocupação a acusação de violência sexual feita por Gisela Marisol Doyle contra o jogador, em fevereiro de 2021. Contudo, o clube investigou o caso e acredita que não há nada que possa macular a imagem do atleta.
"A gente mandou fazer uma análise dessa acusação. E, pelo que foi constatado pelo nosso representante, isso já foi contornado e não tem nada que possa pesar contra o jogador", disse o advogado e vice-presidente do Atlético, José Murilo Procópio, em entrevista ao Superesportes no último dia 9. "Pedimos a um profissional isento para apurar e ter acesso aos documentos desse caso", destacou.
Questionado se já havia um acordo assinado com o atacante, José Murilo Procópio negou: "É um jogador que agrada muito. Ele caiu no nosso sistema Ciga (Centro de Informação do Galo) e levantamos toda situação dele. Mas não assinamos contrato ainda", destacou, em entrevista no dia 9.
Suposto estupro
O caso de suposta violência sexual ocorreu na Argentina, em fevereiro de 2021, logo após o retorno do atleta dos Estados Unidos, onde defendeu o Los Angeles Galaxy por empréstimo. Gisela Marisol Doyle deu detalhes da acusação nas redes sociais.
"Essa pessoa (Pavón) não merece estar no clube (Boca Juniors), pois por seus maus atos terá que responder à Justiça. Por que eles fazem ouvidos moucos? Há um ano venho enfrentando muitas situações e tentando curar feridas e fazer a Justiça agir. O que está acontecendo com o clube do qual sou torcedora? Eles deveriam agir... Não aguento mais tanta hipocrisia... Espero e desejo que levem esse tipo de atitude em consideração", disse.
"Eu só quero que a Justiça seja justa. Porque o que essa pessoa fez comigo não tem nome. Um ano de sofrimento, um ano para avançar, um ano para me fortalecer. Eu não terei piedade como você não teve piedade de mim", acrescentou Gisela Marisol Doyle.
A defesa de Pavón alegou que a acusação era falsa. "O senhor Pavón e toda sua família estão muito tranquilos, confiando que a Justiça agirá e a verdade e os interesses ilegítimos por trás dessa falsa denúncia feita contra ele serão demonstrados", destacou.
A Polícia de Alta Gracia, em Córdoba, na Argentina, realizou a investigação. Por meio do profissional que cuida do caso, o Atlético obteve parecer informando que as provas não comprovam que houve violência sexual. Além disso, houve um suposto acordo entre a mulher e o jogador para o caso não ter outros desdobramentos midiáticos. O Galo não teme que esse vire um novo caso Robinho.