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Atlético: Mailton mora em local atacado por russos, mas não está na Ucrânia

Emprestado pelo Galo, lateral-direito viajou à Turquia para a pré-temporada do Metalist; empresário relata drama vivido nas últimas horas

24/02/2022 10:19 / atualizado em 24/02/2022 10:20
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Lateral-direito Mailton está emprestado pelo Atlético ao Metalist, da Ucrânia
foto: Divulgação/Metalist

Lateral-direito Mailton está emprestado pelo Atlético ao Metalist, da Ucrânia

Às 3h da madrugada no Brasil, o telefone tocou. Do outro lado da linha - e do mundo -, o lateral-direito Mailton relatava a tristeza ao saber das notícias dos ataques da Rússia à Ucrânia nesta quinta-feira (24). Emprestado pelo Atlético, o jovem de 23 anos joga no Metalist e vive na cidade ucraniana de Kharkiv, um dos alvos bombardeados pelos russos. Porém, para o alívio de familiares e amigos, não está no local.

"Ele está na Turquia em pré-temporada. Todos estão bem tristes com a situação. Ele me ligou, disse que invadiram a Ucrânia. Está triste, muito triste, já que conhece o pessoal do clube e nem todo mundo foi para a Turquia, teve gente que ficou por lá (Kharkiv)", conta ao Superesportes o empresário Thierry Omairi, para quem o lateral ligou na madrugada.

Mailton está com os companheiros em Belek, na Turquia, cidade que fica a cerca de 2 mil quilômetros de Kharkiv. Desde junho de 2021 - quando foi emprestado pelo Atlético ao Metalist -, o lateral-direito mora sozinho na Ucrânia. Os familiares ficaram no Brasil.

Por conta do conflito, o Campeonato Ucraniano foi adiado. Porém, ainda não há definição sobre o destino dos jogadores do Metalist. Vários atletas brasileiros que atuam na Ucrânia gravaram um vídeo pedindo para deixar o país (veja abaixo).



"Conversei com um representante do Metalist pela manhã, não é hora de cobrança. É hora de se colocar à disposição para ajudar. Foi isso o que ofereci. Se precisarem, estamos à disposição. Não podemos dizer nada, porque não sabemos o que vai acontecer daqui para frente. É muito cedo para dizer o que eles vão fazer. Temos que aguardar o tempo, que é o melhor remédio, e rezar para que a situação acabe o mais rapidamente possível", completou Thierry Omairi.

Pelo menos dez cidades ucranianas foram atacadas pela Rússia nas últimas horas. A ofensiva militar foi ordenada pelo presidente Vladimir Putin, que ameaçou retaliar países que interferirem no conflito. A Ucrânia é considerada uma região estratégica para o governo russo, que teme perder influência para o Ocidente.

Fumaça negra sobe a partir do aeroporto militar de Chuguyev, nas proximidades de Kharkiv, onde Mailton mora
foto: Aris Messinis/AFP

Fumaça negra sobe a partir do aeroporto militar de Chuguyev, nas proximidades de Kharkiv, onde Mailton mora


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