O diretor de futebol Rodrigo Caetano garantiu que o Atlético fará mais vendas de jogadores em 2022. Neste ano, o clube já concretizou a saída do zagueiro paraguaio Junior Alonso para o Krasnodar, da Rússia, por cerca de R$ 46,7 milhões. O executivo projeta novas baixas: 'No mínimo, mais R$ 100 milhões'.
Em entrevista à Central do Mercado, do ge, Caetano reforçou a necessidade de vendas do Atlético. O diretor relembrou as dificuldades financeiras do clube no passado e também falou em 'alternativas para reposição' das futuras saídas.
"A gente vai precisar, porque o clube necessita. O que não pode é retroceder e o clube voltar a não ter caixa para cumprir as suas obrigações. Isso aí ficou para trás. É um compromisso que nós temos com o mercado e temos também com os jogadores que aí estão", afirmou.
"E a gente vai ter que buscar aí, no mínimo, mais R$ 100 milhões em venda de atleta - o que é um número elevado, porém é o determinado. E fazer com que a gente busque soluções, alternativas para reposição", completou Caetano.
O orçamento do Atlético para 2022 prevê a arrecadação de R$ 140 milhões em negociações de jogadores. O valor previsto para 2022 é maior do que o esperado para o ano passado. Em 2021, a expectativa era arrecadar R$ 120 milhões em vendas de direitos econômicos. O clube conseguiu cerca de 50% da meta durante uma temporada de transferências ainda bastante atrapalhada pelos reflexos econômicos da pandemia de COVID-19.
As maiores vendas do Atlético em 2021 foram as do volante Léo Sena para o Spezia (R$ 8,1 milhões), do zagueiro Gabriel para o Yokohama FC (R$ 10,2 milhões), do meia David Terans para o Athletico-PR (R$ 7,5 milhões) e do atacante Marrony para o Midtjylland (R$ 27,5 milhões, sendo R$ 18,3 milhões à vista e o restante em junho de 2023). Os valores correspondem às cotações dos dias em que as transferências foram oficializadas.
Com as quatro negociações, o clube alvinegro garantiu R$ 53,3 milhões - já considerando a segunda parcela do pagamento do Midtjylland por Marrony, que só será realizada daqui quase dois anos. Houve outras vendas menores, como a do atacante Edinho ao Fortaleza (menos de R$ 2 milhões), por exemplo, mas sem tanto impacto nos cofres atleticanos.
O Atlético compensou a ausência de negociações maiores com as premiações por desempenho. O time alvinegro foi campeão mineiro, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro, além de ter chegado à semifinal da Copa Libertadores. Só nas três principais competições da temporada, o Galo arrecadou R$ 145 milhões em premiações - quantidade maior do que o esperado.