Em outubro de 2020 o Atlético realizou a compra de 50% dos direitos do meia Matías Zaracho, que atuava no Racing. Com o auxílio de investidores, o Galo pagou seis milhões de dólares (R$ 33,78 milhões na cotação da época) pelo atleta. Segundo o presidente Sérgio Coelho, não há previsão para que o clube adquira a outra metade dos percentuais do argentino.
"Estou me inteirando sobre esse assunto. Eu já precisava de saber disso aí, peço até que me desculpem. Mas eu preciso saber se esse valor é pré-estabelecido ou se eles têm 50% de qualquer valor que (o atleta) for vendido lá na frente. Se for um valor pré-estabelecido, vamos esperar para comprar o dia que a gente achar que deve comprar, se tivermos uma proposta por ele, etc. Hoje é um pouco difícil que nós viabilizemos essa compra, porque o nosso caixa não está permitindo fazer um investimento nesse momento. É uma coisa que vamos resolver com um pouco de calma", disse.
Questionado sobre uma possível venda do lateral Guilherme Arana ou de Zaracho por valores abaixo da casa dos 20 milhões de euros, o presidente alvinegro disse que "é difícil falar em números", mas ressaltou que defenderá os interesses do clube.
"Temos equipe trabalhando durante 24 horas para defender os interesses do clube. A gente divide as decisões, conversamos muito... São pessoas acostumadas com o mundo dos negócios. Se a gente chegar a realizar uma venda, ou algo nesse sentido, é porque é algo muito bom para o Atlético", afirmou.
Sérgio Coelho também falou sobre a necessidade de vender ativos para equilibrar as contas do clube. Segundo o mandatário, o Atlético tem ciência das joias que tem em seu plantel, mas não sairá oferecendo jogadores a outros clubes, negociando apenas se aparecem propostas boas no mercado.
"Não depende do Atlético. Nós sabemos que temos algumas joias no plantel, e joias muito desejadas por alguns clubes, mas os clubes têm que manifestar o interesse e nos procurar para negociar. No futebol nós não podemos pegar um jogador, um ativo do clube, e sair oferecendo. Isso não cabe no futebol. Em outras atividades, isso é normal. Eu vendi carros a minha vida inteira e saí sempre anunciando e oferecendo meus carros, mas no futebol nós não tratamos dessa forma, pois você até desvaloriza o seu ativo. Se o mercado vier em busca de uma das nossas joias, e se achar que temos que vender, pois é uma negociação boa para o clube, nós vamos negociar. Mas qual prazo vai ser, quanto vai ser, e qual é jogador, não depende do Atlético. Depende de quem tem o interesse. A partir desse momento, partimos para a parte negocial: valores, condições de pagamento e outras coisas mais", destacou.