"A SAF é uma lei muito nova. Ela ainda está sendo estudada por todos nós. Estamos muito envolvidos para tentar entender melhor essa lei. Pelo que temos visto – isso é uma opinião minha, não estou falando pelo Atlético –, no futuro próximo todos os grandes clubes deverão se transformar em SAF. Os times que virarem SAF terão um aporte de capital muito grande. A grande maioria dos clubes anda com muitos problemas financeiros, e os valores desses aportes podem ajudar a dar o equilíbrio financeiro que eles precisam. E tem o lado positivo também de passar a ter gestão profissional, algo que a gente vem fazendo no Atlético, mas, quando se trata de empresa, se torna obrigatório. Hoje a gente pensa dessa forma e administra o Atlético como empresa. Mas, amanhã, pode entrar um novo presidente que acha que esse modelo não é adequado e querer fazer diferente. Uma vez que o clube se tornar empresa, a gestão será administrada de forma altamente profissional", afirma Sérgio.
A formação de Sociedade Anônima de Futebol no Brasil é possível desde agosto, quando a Lei nº 14.193/2021 foi sancionada. Antes disso, os clubes nacionais eram majoritariamente associações sem fins lucrativos.
O presidente do Atlético também ponderou sobre a divisão de ações entre clube e dono, afirmando que, caso o Galo se torne uma SAF, a diretoria alvinegra tentará fazer isso de forma equilibrada.
"Tem um lado que às vezes nos preocupa um pouco que é passar o comando do clube, as decisões, para essa empresa, esse acionista majoritário. Precisamos achar um equilíbrio que seja bom para o clube e para a empresa. No nosso caso, algo que a Massa Atleticana fique feliz. Vamos com calma, vamos estudar bastante e fazer tudo dentro do seu momento. Não afirmo que seremos ou não uma SAF, afirmo que vamos estudar muito esse assunto e, se acharmos que deve ser, a gente leva para o Conselho. (De forma) muito bem fundamentada, evidentemente", disse o mandatário.