foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Kalil presidiu o Atlético entre 2008 e 2014; ele está há quase cinco anos na Prefeitura de BH
Mesmo diante da pandemia de COVID-19 e de outros obstáculos, como os temporais que assolaram a cidade em 2020,
Alexandre Kalil (PSD) crê que ser presidente do Atlético ainda é mais difícil do que ser prefeito de Belo Horizonte. O ex-dirigente já havia manifestado opiniões semelhantes em outras ocasiões. Nesta semana, porém, em entrevista exclusiva ao
Estado de Minas/Superesportes , disse ter "certeza" sobre sua percepção.
"Eu achava isso. Agora tenho certeza. Ser presidente do Atlético é uma das coisas mais difíceis do mundo", afirmou. Kalil comandou o Galo do fim de 2008 até 2014.
Como presidente do Atlético, o prefeito conquistou três edições do Campeonato Mineiro, a Copa Libertadores de 2013 e a Copa do Brasil do ano seguinte.
Em 2017, o pessedista assumiu a Prefeitura de Belo Horizonte. Três anos antes, quando estava no PSB, lançou candidatura a deputado federal, mas desistiu ainda durante a campanha eleitoral.
Depois de Kalil, passaram pela presidência do Atlético, com as "bênçãos" dele, Daniel Nepomuceno (2015-2017) e Sérgio Sette Câmara (2018-2020). O atual presidente, Sérgio Coelho, assumiu neste ano, marcado pelos títulos da Série A do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.
No dia 30 de outubro de 2008, Alexandre Kalil foi eleito presidente do Atlético, ocupando a vaga deixada por Ziza Valadares, que renunciou - foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Bebeto de Freitas foi escolhido o diretor executivo de Kalil, mas a passagem pelo clube durou menos de um ano - foto: EM/D.A Press
Terminado o Campeonato Brasileiro, uma das primeiras medidas foi a saída do técnico Marcelo Oliveira e a contratação de Emerson Leão - foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Em janeiro de 2009, Kalil anunciou a contratação de Diego Tardelli, que se tornaria ídolo do clube. Mais de 20 jogadores foram anunciados naquele ano, nomes como Lopes, Júnior, Aranha, Carini, Renteria, Fabiano, Ricardinho - foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press
Em uma das primeiras polêmicas em que se envolveu, Kalil disse, em 2009, existir uma quadrilha na arbitragem da FMF e foi para o bancos dos réus da Justiça Desportiva - foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Na final do Campeonato Mineiro de 2009, o Atlético foi goleado por 5 a 0. No jogo de volta, empate por 1 a 1. Leão foi demitido por Kalil - foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
No dia 17 de julho de 2009, Kalil criou sua conta no Twitter, ferramenta que viraria referência durante sua gestão - foto: Reprodução
Celso Roth assumiu o comando da equipe - foto: EM/D.A Press
Com Celso Roth, Atlético figurou entre os primeiros do Brasileirão, mas o time caiu de produção no segundo turno e terminou na sétima colocação. Roth foi demitido - foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Vanderlei Luxemburgo foi contratado com grande expectativa no Atlético. Novamente, muitas contratações marcaram o período. Leandro, Jairo Campos, Muriqui, Cáceres, Obina, Ricardo Bueno, Daniel Carvalho, Fábio Costa, Diego Souza, Réver... - foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Atlético foi campeão mineiro de 2010 com Luxemburgo. Marques anunciou a aposentadoria após a conquista - foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press
Eduardo Maluf, que havia deixado o Cruzeiro, assinou para ser o diretor de futebol do Atlético
No Campeonato Brasileiro, o time não engrenou. Luxemburgo ainda fraturou a perna durante um treino. A luta foi contra o rebaixamento. O técnico foi demitido em setembro de 2010 - foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Dorival Júnior assumiu a equipe e evitou o rebaixamento - foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Em março de 2011, Kalil acertou a venda de Diego Tardelli para o Anzhi da Rússia - foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press
No dia 25 de março de 2011, quando o Atlético completou 103 anos, Kalil anunciou a contratação de Guilherme. Depois, trouxe André. Dois dos maiores investimentos da história do clube - foto: Marcelo Sant'Anna/EM/D.A Press
Em 2011, mais uma vez, a briga do Atlético no Campeonato Brasileiro foi contra o rebaixamento. Dorival deixou o time para a entrada de Cuca, que salvou o clube da queda - foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Na rodada final do Campeonato Brasileiro, o Galo teve a chance de rebaixar Cruzeiro, mas acabou goleado por 6 a 1. 'Pisaram no nosso coração e na nossa alma', disse Alexandre Kalil. Da tragédia, o Atlético tirou forças e partiu para conquistas. - foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press
No começo de 2012, Alexandre Kalil acertou uma parceria comercial com a administradora do novo estádio Independência. O Horto se tornaria a nova casa do Galo. Lá, o time mostrou força como mandante. O novo Mineirão ficou em segundo plano na gestão Kalil. - foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Em 2012, o Atlético sagrou-se campeão mineiro - foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Em maio de 2012, Kalil lançou o programa Galo na Veia - foto: Euler Junior/EM/D.A Press
Em junho de 2012, Alexandre Kalil anunciou a contratação que marcaria sua gestão: Ronaldinho Gaúcho. Victor e Jô também chegaram naquele ano - foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press
No fim de novembro de 2012, Kalil divulgou no Twitter a renovação com Ronaldinho - foto: Reprodução
O Atlético brigou pelo título brasileiro, mas terminou como vice, posição que garantiu vaga direta na fase de grupos da Libertadores, o primeiro passo de uma conquista histórica - foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press
Depois de vários dias de negociação e muita pressão da torcida, Kalil anunciou a volta de Diego Tardelli, que chegou em BH no dia 5 de fevereiro de 2013. O camisa 9 foi recepcionado com muita festa do torcedor no aeroporto - foto: Euler Junior/EM/D.A Press.
No dia 19 de maio de 2013, o Atlético conquistou o bicampeonato mineiro, depois de vencer o primeiro jogo contra o Cruzeiro por 3 a 0 e perder o segundo por 2 a 1 - foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
No dia 24 de julho de 2013, o Atlético conquistou o maior título de sua história: a épica Copa Libertadores. Na decisão, vitória contra o Olimpia por 2 a 0 e título garantido na disputa de pênaltis. Em casa e de pijama, Kalil lustrou a taça - foto: Gladyston Rodrigues/ EM DA Press
Uma semana após o título da Libertadores, Bernard fez seu último jogo pelo Atlético. O meia-atacante disputou 100 partidas e marcou 22 gols. Os 25 milhões de euros da venda do jogador ao Shakhtar Donetsk desenrolaram uma série de problemas no clube, que não recebeu a quantia por causa de dívidas com a União - foto: Joao Miranda/Esp.EM/D.A Press
Antes mesmo da estreia do time no Mundial de Clubes, no Marrocos, Cuca anunciou o acerto com o futebol chinês - foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
No Mundial de Clubes, o Galo perdeu para o Raja Casablanca, time da casa, por 3 a 1, e foi eliminado na semifinal. Na disputa do terceiro lugar, venceu o Guangzhou Evergrande da China por 3 a 2 - foto: AFP/Ahmed Jadallah
Paulo Autuori foi anunciado pelo presidente ainda no Marrocos
Bastante questionado, Paulo Autuori foi demitido após a derrota para o Nacional de Medellín, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Kalil apostou em Levir Culpi, que estava afastado do futebol brasileiro. O Galo foi eliminado da Libertadores, o presidente desabafou, admitindo que jogou meses de trabalho no lixo, mas Levir acertaria o time - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Durante a Copa do Mundo, a seleção da Argentina, de Messi e Cia, ficou concentrada na Cidade do Galo - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
No final de julho de 2014, terminou a passagem de Ronaldinho pelo Galo - foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
Na decisão da Recopa, Atlético superou o Lanús-ARG e levou a taça - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Em 2014, após batalhas na Justiça, Alexandre Kalil fechou acordo com a União para pagamento das dívidas tributárias do clube. Mas o juiz federal da 26ª Vara Federal, André Gonçalves de Oliveira Salce, não homologou o acerto. Foi um ano difícil para a diretoria, que conviveu com atrasos salariais no clube - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
A gestão Alexandre Kalil terminou com a conquista da Copa do Brasil em cima do arquirrival Cruzeiro. 'É o título mais importante do futebol de Minas Gerais', disse - foto: Reprodução
Sucessor de Kalil, Daniel Nepomuceno (d) assumiu o comando do Atlético até o fim de 2017 - foto: Bruno Cantini/ Atlético
Durante seu mandato, Kalil sempre destacou o trabalho de sua diretoria. Na foto, Rodolfo Gropen (diretor de planejamento), Daniel Nepomuceno (vice-presidente) e Lásaro Cândido da Cunha (diretor jurídico) - foto: Bruno Cantini/ Atlético
Estádio com 'DNA' do prefeito A partir de 2023, o alvinegro belo-horizontino vai mandar as partidas na Arena MRV, construída no Bairro Califórnia, na Região Noroeste da capital mineira. O nome oficial do estádio homenageará Elias Kalil, pai do prefeito de BH, e presidente do Atlético na década de 1980.
A deferência, definida pelo Conselho Deliberativo, foi acertada ainda em 2017, ano em que a construção foi aprovada. Kalil, o filho, pretende comparecer à inauguração do campo "se for convidado".
A primeira partida do estádio poderá ser acompanhada por cerca de 30 mil pessoas no dia 6 de maio. O jogo, nomeado como "Lendas do Galo", terá a presença de ídolos do clube, além de um show surpresa.
A equipe profissional do Atlético entra em campo pela primeira vez no dia 19 de maio, quando o Galo receberá uma equipe internacional convidada. O show de abertura será do cantor Nando Reis, que fará uma homenagem à atleticana Cássia Eller. Outro show surpresa acontecerá no intervalo da partida.
Antes, um festival de música vai ocorrer. O primeiro evento-teste está agendado para 25 de março de 2023, quando o time preto e branco completará 115 anos.