Hulk fecha a temporada 2021 como artilheiro do futebol no país e melhor jogador do Campeonato Brasileiro. Hoje, o jogador é unanimidade entre torcedores, jornalistas e até mesmo adversários. O início, no entanto, foi diferente. O camisa 7 chegou ao Atlético sob desconfiança. O clube recebeu críticas pela contratação do já veterano atacante. A história, no fim, mostra que o Galo estava certo em apostar suas fichas no novo ídolo da massa.
Quando foi contratado, Hulk acompanhou os mais diversos canais esportivos. O assunto era um só: 'Será que vai dar certo?' ou 'está em fim de carreira' eram comentários padronizados. O jogador do Atlético, no entanto, mostrou humildade, trabalho e muito talento para se tornar o craque do futebol brasileiro em 2021, como revelou em entrevista exclusiva ao Superesportes/TV Alterosa (clique aqui e leia o bate-papo completo).
Ídolos e artilheiros do Atlético, Dadá e Hulk se encontram e celebram títulos de 1971 e 2021
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"Cheguei ao Brasil e sabia que ia ser muito difícil, até porque causou uma desconfiança muito grande. Eu assistia aos programas de televisão e via as pessoas falando: 'Será que vai dar certo? Será que é isso, será que é aquilo? Já vem em final de carreira...". Mas nunca me desmotivou. Pelo contrário, isso daí me deu mais ânimo e mais força para poder voltar a fazer o que eu mais gostava, que é jogar futebol, porque eu fiquei praticamente três meses sem jogar quando voltei da China", disse Hulk, completando.
"Estou muito feliz por dar continuidade ao que eu já fazia lá fora. Poucos me acompanhavam lá fora. Se você olhar os meus números este ano, que foram muito bons, estão longe de ser os melhores numa temporada, porque tive bons números em Portugal, na Rússia, na Liga dos Campeões também, que sempre disputei. Eu já estava acostumado a sempre ter esses números altos".
Hulk é um jogador que evita polêmicas (como na declaração sobre a situação do Cruzeiro, arquirrival do Atlético). Questionado se gostaria de responder quem o criticou no início da temporada, o atacante disse entender quem teve opiniões nesse tom.
"Não, para falar, nada não (aos críticos). É normal causar um pouco de dúvida nas pessoas, principalmente nos críticos, que criticam no momento, mas não esperam, não dão um tempo. São poucos os que falam: 'Vamos dar um tempo para provar, para ver ser realmente vai se adaptar ou se não vai'. Já vi coisas assim no começo: 'Ah, não está indo bem no Campeonato Mineiro, no Brasileiro então não vai nem andar'. Mas nada me desanimou".
Hulk vivenciou situação parecida quando saiu do futebol japonês e assinou com o Porto. Após chegar sob desconfiança ao novo clube, rapidamente demonstrou bom futebol e caiu nas graças do torcedor.
"Eu lembro que quando cheguei ao Porto, vindo do Japão, a imprensa falava: 'Agora, vai vir o Hulk, depois o Super-Homem'. Falavam um monte: 'Como o Porto vai contratar um jogador do futebol japonês?'. Eu lembro quando cheguei ao Porto, logo nos primeiros treinos o Jesualdo (Ferreira, treinador) já me chamou no canto e falou: 'Poxa, você tem muita qualidade. Eu vou só te educar o posicionamento dentro de campo'. Logo com dois meses de campeonato, eu já era ídolo da torcida. Passei quatro anos maravilhosos no Porto", concluiu.
Hulk ainda tem mais dois jogos na temporada para melhorar os números pelo Atlético. Até então, são 34 gols e 12 assistências em 66 jogos.
Os jogadores selecionados para o prêmio Bola de Prata, da ESPN