Um foguetório interrupto e músicas normalmente entoadas no Mineirão são a trilha sonora da festa, regada a muita cerveja e trajada em preto e branco.
Igor Svizzero, de 26 anos, dedica o título ao avô Walter, falecido há quase duas décadas, e ao tio Ricardo, que o levaram ao estádio pela primeira vez para ver o Galo. "Eles me ensinaram a torcer pelo Atlético. Eu vibrei e chorei hoje por eles, não por mim. Sofreram muito mais que eu com os vices do Brasileiro", diz.
Leandro Menezes, de 26, diz que o título "é um acerto de contas" diante dos campeonatos brasileiros que o clube perdeu com polêmicas de arbitragem. "E a Copa do Brasil vai ser outro acerto de contas. Só não vou lá (na partida contra o Athetico-PR), porque a festa vai ser lá (em Curitiba), não aqui", conta.
Mateus Sena, 24, veio de Contagem, na Grande BH, direto para a sede para curtir a festa. "O juiz apitou e logo peguei um Uber para vir. É muita emoção. Vivemos o ápice da história do Galo", afirma.
O comércio de faixas de bicampeão brasileiro é quente na Avenida Olegário Maciel. Na sede, o item custa R$ 15. Já a bandeira e a camisa (não oficial) saem por R$ 40.
"Comprei 150 faixas no total. Fora as bandeiras e as camisas. É dia de festa. Vai sair fácil, fácil (vender todo o produto)", disse Wanderley Moreira, comerciante e integrante da organizada Galo Metal.
Procurada pela reportagem no local, a Polícia Militar informou que não há ocorrências de destaque nos arredores da sede no momento. O efetivo fica concentrado, sobretudo, na Olegário Maciel, em frente ao shopping Diamond Mall.