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ATLÉTICO BICAMPEÃO BRASILEIRO

Dono do gol de 1971, Dadá vibra com o bicampeonato do Atlético em 2021

Atacante do primeiro time do Galo a vencer o Brasileiro se alegra ao ver outros jogadores experimentando a sensação de marcar um gol de título alvinegro

Guilherme Peixoto Lucas Bretas Samuel Resende
Dadá Maravilha celebra o bicampeonato nacional alvinegro - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press O meia Humberto Ramos cruzou para o atacante Dario e, há 50 anos, o Atlético vencia, pela primeira vez, a Série A do Campeonato Brasileiro. Meio século depois, o Galo conquistou, nesta quinta-feira (2/12), o bicampeonato nacional. Dadá e Humberto, protagonistas do título de 1971, agora festejam o novo troféu, confirmado após a vitória sobre o Bahia, em Salvador.


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"É a felicidade de outros jogadores, porque comemorei muito o gol e o título de 1971, e, como cristão, fico muito alegre que outros possam ter a mesma sensação", diz o "Peito de Aço", ao Superesportes.

Se há 50 anos foi de Dadá o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, nesta quinta, Hulk e Keno, duas vezes, marcaram no triunfo por 3 a 2 contra o Esquadrão de Aço em plena Fonte Nova.

Humberto Ramos, por sua vez, é econômico. "Incomparável", fala, ao resumir o título atleticano.

A emoção se estende ao ex-volante Danival Oliveira, cria da base alvinegra e integrante do elenco vice-campeão em 1977. Na temporada de 1971, ele compunha o elenco profissional, muitas vezes "amaciando" chuteiras para os craques de Telê Santana.


Para ele, a insistência define a caminhada vitoriosa do Galo. "Perseverança. Um time que estava acreditando que precisava do título. Tem que perseverar, acreditar e crer, com os pés no chão. É o que vale".

Festa em preto e branco: Atlético campeão brasileiro

 
A vitória contra o Bahia, em Fonte Nova, sacramentou o bicampeonato brasileiro do Atlético - aguardado há 50 anos, desde 1971, quando o alvinegro conquistou a primeira edição do atual formato da competição. O triunfo no Nordeste levou o Galo aos 81 pontos, com 75% de aproveitamento, e portanto, não pode mais ser alcançado pelo Flamengo, que chega no máximo a 79 pontos. 
Mesmo com a pandemia do novo coronavírus ter impedido a presença constante da torcida, o Galo garantiu o recorde de presentes no Mineirão, desde a reabertura do estádio, em 2013. Isso porque o público foi liberado para os nove últimos compromissos do Atlético disputados em BH, nos quais foi registrada uma média de aproximadamente 40 mil.


 
Na vitória por 2 a 0 sobre o Juventude, três rodadas atrás, os alvinegros alcançaram 61.476 presentes, a maior marca desde a reinauguração do Gigante da Pampulha.
 
A montagem do elenco campeão nacional começou ainda no ano passado. Com Jorge Sampaoli, vieram os primeiros reforços, mas o time bateu na trave, ficando em terceiro lugar e a três pontos do Flamengo, o campeão da principal competição do Brasil.

Nesta temporada, sob a batuta de Cuca, a consagração começou a partir do acréscimo de importantes nomes. Além de Hulk, chegaram o meia argentino Nacho Fernández, o atacante naturalizado espanhol Diego Costa e o zagueiro Nathan Silva, pilar de uma sólida defesa.

O Galo faz temporada de excelência. Na Libertadores, caiu invicto na semifinal, após dois empates com o Palmeiras. Campeão estadual, o alvinegro ainda pode alcançar a Tríplice Coroa. Isso porque disputa, nos dias 12 e 15 de dezembro, a final da Copa do Brasil contra o Athletico-PR.