Há menos de um ano e meio no Brasil, o paraguaio Junior Alonso está perto de entrar de vez na história do futebol nacional. O defensor do Atlético pode se tornar o quinto estrangeiro a ser capitão de um time campeão brasileiro.
"Orgulho. Você sempre trabalha para fazer as coisas bem. Quando o Atlético colocou a confiança plena em mim, eu já sabia da responsabilidade que tinha com o clube. Desde que cheguei aqui, trabalhei sempre da mesma maneira, sendo profissional dentro e fora do campo e cuidando do meu corpo ao máximo para poder render", disse.
O primeiro estrangeiro a ser capitão de um time campeão brasileiro foi o zagueiro chileno Elías Figueroa, que vestiu a braçadeira do Internacional nas campanhas de 1975 e 1976. Depois dele, foram mais de duas décadas sem um 'gringo' ter essa honra.
Em 1998, um compatriota de Alonso ergueu a taça para o Corinthians: o também zagueiro Carlos Gamarra. No ano seguinte, o capitão do bicampeonato consecutivo alvinegro foi o volante colombiano Freddy Rincón.
A última vez de um estrangeiro como capitão de um título da Série A foi o atacante argentino Carlos Tevez, novamente pelo Corinthians, em 2005. Nesta temporada, Alonso pode passar a integrar essa lista. Mas não é exatamente com isso que ele está preocupado.
"Se a gente tem a possibilidade de coroar isso com mais um título brasileiro, que todo mundo está esperando, eu me sentirei muito orgulhoso. Depois, se eu levantar a taça ou outro jogador levantar a taça, isso para mim é secundário. O mais importante é que o clube possa conseguir esse título e todos juntos comemoremos", completou.
Ídolo?
Contratado em julho de 2020, Alonso chegou como titular do time então comandado por Jorge Sampaoli. Nesta temporada, manteve-se como presença indiscutível nos 11 iniciais, agora dirigido por Cuca.
O bom desempenho e a liderança exercida sobre o elenco o fizeram conquistar rapidamente a torcida alvinegra. Junior Alonso, porém, ainda não se considera ídolo do Atlético.
"Não, ídolo não. Pessoalmente, eu não quero ser ídolo. Só trabalho da melhor maneira possível para eu poder sair de casa, caminhar tranquilo pela rua, ir jantar tranquilo, que as pessoas venham falar comigo... Isso para mim é o máximo. Eu trabalho para isso, o clube me contratou para fazer isso. Receber o carinho dos torcedores é muito bom para mim, mas ídolo ainda não", avaliou.
Considere-se ou não, Alonso está perto de se tornar um dos grandes nomes da história alvinegra. Afinal, o time tem tudo para conquistar o bicampeonato nacional e encerrar a fila de 50 anos. E com o paraguaio como capitão.