Delegação do Boca Juniors passou a madrugada em delegacia de BH por causa de confusão no Mineirão - Foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press
A revolta de jogadores, dirigentes e demais integrantes da delegação do Boca Juniors no Mineirão, depois da eliminação na Libertadores para o Atlético nos pênaltis, no jogo da volta das oitavas de final, no dia 20 de julho, resultou em punição pesada ao clube argentino. Após o goleiro Everson converter a cobrança e assegurar a classificação alvinegra, o clima de tensão tomou conta desde o gramado até os corredores que levam aos vestiários.
Jogadores foram flagrados pelas câmeras rotagonizando cenas de quebradeira arremessando grades de proteção e até bebedouros em seguranças do Mineirão. Integrantes da comissão técnica e dirigentes também se envolveram na confusão e houve até tentativa de invasão ao vestiário do Atlético. O presidente do Galo, Sérgio Coelho, ajudou a conter os argentinos e até jogou garrafa de água nos rivais, enquanto auxiliava na barreira para impedir a entrada dos xeneizes no local.
Quando os ânimos se acalmaram, a delegação do Boca Juniors ficou retida no vestiário, já que seis integrantes, incluindo quatro jogadores, foram conduzidos a uma delegacia de BH e foram enquadrados por ato de desacato, lesão corporal e dano qualificado. Os xeneizes passaram a madrugada na Central de Flagrantes 4 (CEFLAN 4) da Polícia Civil, no bairro Alípio de Melo, região Noroeste de Belo Horizonte. O grupo foi liberado após fiança paga pelo presidente do Atlético, que depois foi ressarcido no valor de R$ 6 mil.
Nesta sexta-feira, a Conmebol anunciou punição pesada ao clube e aos envolvidos na confusão no Mineirão. Entre os jogadores, foram suspensos por seis jogos os atacantes Pavón e Villa. Já os dirigentes Raúl Alfredo Cascini e Marcelo Alejandro Delgado, ex-atletas e que integram o Conselho de Futebol do Boca, estão proibidos de acessar estádios pelo prazo de dois anos. Leandro Daniel Somoza e Fernando Gustavo Gayoso, também da direção, levaram gancho de seis e três partidas, respectivamente. O somatório das multas aplicadas chega a US$ 235 mil, R$ 1,3 milhão na cotação atual.
Fotos da delegação do Boca Juniors na delegacia em BH
A delegação do Boca Juniors foi liberada da Central de Flagrantes 4 (CEFLAN 4) da Polícia Civil, no bairro Alípio de Melo, região Noroeste de Belo Horizonte, por volta das 12h desta quarta-feira. Jogadores e membros da comissão técnica da equipe argentina ficaram na delegacia por cerca de 12 horas para esclarecimentos sobre a confusão no Mineirão após a eliminação diante do Atlético, nos pênaltis, pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América. - Edésio Ferreira/EM/D.A Press
A delegação do Boca Juniors foi liberada da Central de Flagrantes 4 (CEFLAN 4) da Polícia Civil, no bairro Alípio de Melo, região Noroeste de Belo Horizonte, por volta das 12h desta quarta-feira. Jogadores e membros da comissão técnica da equipe argentina ficaram na delegacia por cerca de 12 horas para esclarecimentos sobre a confusão no Mineirão após a eliminação diante do Atlético, nos pênaltis, pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América. - Edésio Ferreira/EM/D.A Press
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Confira as punições aplicadas ao Boca Juniors
Pavón: suspensão de seis jogos
Villa: suspensão de seis jogos
Rojo: suspensão de cinco jogos
Izquierdoz: suspensão de quatro jogos
González: suspensão de três jogos
Javier García: suspensão de dois jogos
Cascini e Delgado (dirigentes): proibição de entrar em estádios por dois anos
Somoza (dirigente): suspensão de seis jogos
Gayoso (dirigente): suspensão de três jogos
Total de multas: US$ 235 mil (R$ 1,3 milhão)
O Boca foi eliminado pelo Atlético com dois empates em 0 a 0, na Bombonera e no Mineirão. Nas duas partidas, o time argentino reclamou de gols anulados pela arbitragem, após checagem do VAR. A definição da vaga às quartas de final foi para os pênaltis, e o Galo levou a melhor por 3 a 1. Na última cobrança, o goleiro Everson chutou no ângulo e assegurou a classificação do alvinegro, dando início à festa de um lado e a um clima de revolta do outro.