Uma das atrações estará fora de campo: a sueca Pia Sundhage, treinadora da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, acompanhará o jogo de um dos camarotes do Horto. A goleira Amanda e a atacante Bruna Marques (autora de três gols no campeonato) tiveram, em julho, a chance de participar do período final de preparação da Seleção no Recife, antes da ida da delegação para o Japão, para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
No jogo de ida, em Bragança Paulista, as equipes empataram por 0 a 0. Invictas (oito vitórias e quatro empates), as Vingadoras marcaram 21 gols em 12 jogos e sofreram apenas três. Tanto o time do Galo quanto o do Bragantino já se garantiram na elite nacional para a próxima temporada - as quatro semifinalistas do A2 asseguraram o acesso à divisão principal.
"Temos seguido o que fizemos durante o ano todo, que é um trabalho concentrado e de respeito a todos os adversários. Esperamos um jogo mais difícil contra o Bragantino", avalia o técnico Hoffmann Túlio, vice-campeão da Série A2 com o Cruzeiro em 2019 e que desde o início de 2020 está no comando da equipe alvinegra.
Com o avanço de fases, o clube mineiro já garantiu R$ 100 mil em premiações na competição. Se for campeão, esse montante aumentará em R$ 20 mil.
Crescimento
O time feminino do Atlético foi extinto no começo da década passada, mas voltou às atividades em 2019 com a obrigatoriedade imposta pela Conmebol aos clubes que participam da Copa Libertadores.
Inicialmente, o Galo fez parceria de cunho social com o Prointer, da Barragem Santa Lúcia, mas foi mal no Mineiro e no Brasileiro. Em 2020, a diretoria remontou o grupo com a chegada do treinador e de atletas mais experientes, casos da lateral-esquerda Ilana e da atacante Milena, que tiveram passagem pelo futebol dos Estados Unidos e da Itália, respectivamente.
Segundo Nina Abreu, coordenadora do futebol feminino atleticano, no primeiro ano da modalidade, o investimento geral foi de R$ 1,5 milhão. Atualmente, esse valor gira em torno de R$ 6 milhões.