O diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, explicou o motivo da multa de R$ 300 milhões (cerca de 50 milhões de euros) no contrato do jovem Kalani Almeida, de 19 anos, para os clubes de fora do Brasil. Segundo o dirigente, trata-se de uma proteção, e não uma expectativa em cima do jogador.
"Em relação a multas, existe padrão para multa dentro do país, que são duas mil vezes o que o atleta recebe na sua remuneração. Para fora dela, cada clube escolhe a sua forma, isso não tem regra. Tem atleta jovem de base que nós procuramos ter a segurança necessária. É por isso. Não tem relação com qualidade, com expectativa, mas sim com o padrão de proteção a um possível ativo do clube. Fazem relação de quanto maior a multa, maior a expectativa, maior o talento, não tem nada a ver, é por proteção", explicou Caetano, ao programa 'Os Donos da Bola', da Band.
Kalani estava no futebol português desde 2017. Ele deixou o Brasil com 15 anos e passou na base da Associação Naval 1893 e pelo Boavista, ambos de Portugal. A informação sobre a multa do jogador foi noticiada pelo UOL.
Rodrigo Caetano ainda comentou que o clube tem diretrizes para formular valores de contratos e multas para a categoria de base.
"A categoria de base, muitos interpretam que você faz uma contratação pensando em uma utilização logo a seguir no profissional. Não é assim. Na base, nós sabemos que a partir dos 16 anos você tem que confeccionar o contrato para ter o vínculo do jogador. E muitas vezes varia o prazo do contrato, os valores, que são dentro das diretrizes do clube", completou.