Depois do apito final no Engenhão, na capital carioca, Cuca falou sobre as variações do Atlético sem a bola - no primeiro tempo, com marcação mais 'baixa' e, na segunda etapa, buscando incomodar mais a saída de bola adversária.
Ainda que tenha tentado pressionar a saída de bola do adversário na segunda etapa, o Atlético passou mais tempo sem a bola e cedeu campo ao Fluminense. Segundo Cuca, essa foi uma estratégia para possibilitar mais espaço nos contra-ataques alvinegros.
"Foi trabalhado isso, porque nós praticamente repetimos a mesma equipe de segunda-feira e o adversário também. É lógico que se você vier fazer as mesmas coisas que nós fizemos na segunda, e muitas delas o adversário nos neutralizou, ele iria nos neutralizar de volta. Então, nós procuramos abrir um pouco mais o campo para nós, saindo um pouco da característica nossa, para ter um pouco menos de posse de bola e ser mais vertical. Foi muito bem executado por eles. Uma pena termos finalizado não tão bem, porque poderíamos ter, de repente, feito um placar maior", avaliou.
Poderia ter sido melhor?
Questionado sobre o não aproveitamento de outras oportunidades durante o jogo, Cuca concordou que a vantagem poderia ter sido maior. Ainda assim, na visão do treinador, a vantagem é fundamental para os planos do Atlético na Copa do Brasil.
"Lógico que fica sim. Pelo que criou, poderia ter feito um ou dois gols a mais. Mas o adversário também teve uma postura mais ofensiva do que segunda-feira. Foi um jogo aberto, um jogo franco. Jogo decisivo, né? Entre os oito finalistas da Copa do Brasil. Então, é um jogo importantíssimo, que a gente leva uma vantagem para o jogo de casa. Mas essa vantagem, a gente não pensa nela logo de início. Durante o jogo, se pode utilizá-la, mas não é para se pensar logo de início. Até lá, tem tempo também e outros jogos pela frente para que a gente possa estar ainda melhor preparado", disse.
Elogios aos comandados
Por fim, Cuca fez elogios aos jogadores do Atlético. Ele mencionou a atuação de Zaracho como fundamental na parte tática - citando sua importância para inibir contra-ataques do Fluminense.
"Hoje, teve jogadores que foram mais táticos do que nos outros jogos. Então, os caras não têm vaidade de correr atrás um do outro para diminuir espaço, para deixar o lateral ter mais liberdade para jogar. O Zaracho, um exemplo, hoje, foi o segundo volante e não deu um chute a gol. Deu um chutinho feio no segundo tempo (risos), mas ele foi tático. Ele fez o que nós planejamos e tirou, neutralizou os contra-ataques que nós tomamos na segunda", analisou.
"Outros jogadores também fizeram a parte tática, como Savarino, Vargas, Nacho, Hulk, Allan. Guga fez uma grande partida. Igor (Rabello), que não jogava há um mês e meio, dois meses, Alonso. Então, a gente está contente demais com o pessoal. Não sei o que vai ser o desfecho final das competições, mas vamos seguindo, pensando jogo a jogo", completou.
O próximo compromisso do Atlético ocorrerá no domingo (29), às 20h30, diante do RB Bragantino. A partida, válida pela 18ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, será realizada no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista.