Se está em fase esplendorosa no Campeonato Brasileiro, com sete vitórias seguidas, o Atlético tem gostado de viver perigosamente em competições eliminatórias. Depois de precisar ir à disputa de pênaltis contra o Boca Juniors, nas oitavas de final da Copa Libertadores, sofreu até quase o último minuto no jogo de volta da mesma fase da Copa do Brasil, diante do Bahia, na noite desta quarta-feira, em Feira de Santana (BA).
Muito disso se deve ao nervosismo natural que os chamados mata-matas provocam tanto na torcida quanto nos profissionais do futebol. Mas também há fatores que poderiam ter sido controlados, como, por exemplo, a escalação de um time sem armadores contra o Tricolor de Aço.
Com os volantes Allan, Jair e Tchê,Tchê no meio campo, o Galo quase nada produziu no primeiro tempo. E teve de se virar para não ir para o intervalo com mais que os 2 a 0 impostos pelo oponente.
Treinador fazer escolhas erradas é normal e não há motivos para crucificá-lo. Ainda mais porque ele soube corrigir o erro, trocar peças e fazer o time ser muito mais forte no segundo tempo, ainda que não tenha tido forças para chegar ao empate e tenha corrido certo risco nos minutos finais.
Que fique a lição para os próximos confrontos eliminatórias, tanto na Copa do Brasil quanto na Libertadores. Mesmo que tenha de preservar jogadores em função do desgaste da sequência de jogos, o time deve buscar manter a forma de jogar, alternando a marcação sob pressão da saída de bola do adversário com o recuo estratégico para explorar os contra-ataques, como tão bem tem feito no Brasileiro.
Peças para isso o técnico Cuca parece ter, ainda que seja equivocado afirmar que ele tem dois jogadores da mesma qualidade para todas as posições. Alguns, como o armador Nacho Fernández, parecem ser insubstituíveis. Por outro lado, o atacante Vargas mostra ser mais que um bom reserva.