O
Atlético
informou, na noite desta quinta-feira, que o
Boca Juniors
fez a TED de R$ 6 mil ao clube, referente à fiança de membros da delegação do clube paga pelo presidente
Sérgio Coelho
nessa quarta-feira.
"O Clube Atlético Mineiro informa que o Boca Juniors efetuou na tarde de hoje (22), via TED, o ressarcimento da importância de R$ 6 mil. O valor é referente ao pagamento realizado pelo presidente Sérgio Coelho, a título de fiança, para liberação dos atletas argentinos detidos junto à Polícia Civil de Minas Gerais na madrugada do último dia 21", diz a nota oficial do Atlético.
Tão logo o jogo entre Galo e Boca, válido pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América, no Mineirão foi encerrado, os argentinos partiram para a violência na área de zona mista. Alguns chegaram a atirar cavaletes e um bebedouro em seguranças do Atlético. Ainda assim, seguiram rumo ao vestiário do clube mineiro e dos árbitros. No caminho, promoveram agressões e depredaram o estádio. A Polícia Militar foi acionada e conteve a delegação do Boca com gás de pimenta.
Em nota, a Polícia Civil informou que recebeu duas ocorrências do caso. Pela primeira, dois integrantes da delegação argentina foram autuados em flagrante por crime de dano qualificado. Eles foram liberados após pagamento de fiança de R$ 3 mil e responderão o processo em liberdade.
Já na segunda ocorrência, outros quatro integrantes da delegação assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelos crimes de lesão corporal e desacato, assumindo o compromisso de comparecer em futura audiência no Juizado Especial Criminal. Os nomes não foram divulgados.
A delegação da equipe argentina ficou na delegacia por cerca de 12 horas para esclarecimentos sobre a confusão. Após a liberação, o Boca Juniors seguiu direto ao Aeroporto Internacional de Confins para a viagem de volta a Buenos Aires. Inicialmente, o voo seria às 23h dessa terça.
A comissão do Boca Juniors permaneceu completa na delegacia por determinação do técnico Miguel Ángel Russo. Inicialmente, apenas oito integrantes da equipe identificados na confusão seriam levados para depoimentos: Gayoso (preparador de goleiros), Somoza (assistente técnico), e os jogadores Cascini, Rojo, Izquierdoz, Villa, Zambrano e Javi García.
Os ônibus do time saíram escoltados do estádio pela Polícia Militar até a Central de Flagrantes 4. Lá, foi feito Boletim de Ocorrência para documentar as agressões e os atos de vandalismo registrados pelas câmeras de TV. Representantes do Consulado da Argentina em BH deram assistência ao clube.
Durante a permanência dos argentinos no local, a Polícia Militar montou uma barreira na porta da CEFRAN 4, localizada na Avenida João XXIII, no Alípio de Melo, impedindo a saída dos ônibus do Boca até a conclusão dos depoimentos.