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Atlético: presidente pede à Conmebol árbitro de primeira linha contra Boca

"Não vamos aceitar pressão", disse Sérgio Coelho, mandatário do Galo

postado em 15/07/2021 17:10 / atualizado em 15/07/2021 18:17

(Foto: Pedro Souza/Atlético)

O presidente do Atlético, Sérgio Coelho, demonstrou incômodo com a atitude da Conmebol de suspender o árbitro Andres Rojas e o árbitro de vídeo Derlis Lopez pela anulação do gol do Boca Juniors contra o a equipe mineira, no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, na Bombonera. Em um vídeo divulgado pela TV Galo, o mandatário alvinegro afirmou que o clube não aceitará pressão na partida de volta, marcada para a próxima terça-feira, às 19h15, no Mineirão.

Com auxílio do VAR, foi marcada infração do atacante Briasco em cima do zagueiro Nathan Silva em disputa de bola anterior ao gol do Boca Juniors. Para a arbitragem, o jogador do clube argentino empurrou o defensor alvinegro quando este subia para cortar a bola de cabeça da área.

 
Para Sérgio Coelho, o lance que gerou toda a discussão durante o jogo e, consequentemente, a suspensão da dupla de árbitros, foi assinalado corretamente. De acordo com o presidente alvinegro, não deveria existir reclamação do lance.
 
"O lance era para ser anulado sim. Todos podem comprovar vendo o tape. O atacante do Boca empurrou com as duas mãos o nosso defensor Nathan. Está claro para todo mundo que ele foi empurrado, não tem como discutir não, isso é fato. Além da decisão do juiz ter sido correta depois de ver o VAR, os árbitros do VAR também confirmaram que havia uma falta. Não tem dúvida disso. Inclusive, tem gravações da conversa deles. Não tem o que reclamar. Reclamar porque anularam um gol que tinha que ser anulado? Não tem o que reclamar, no meu ponto de vista", disse.
 
Sérgio Coelho afirmou que o gol anulado do Boca Juniors foi o assunto do dia seguinte na Argentina. Para o presidente do Galo, a imprensa do país tentou pressionar a Conmebol em função do lance.
 
"Acordei próximo das 6h, liguei a televisão e, até a hora que saímos do hotel, a mídia só noticiava esse lance. Ficou nítida a intenção de pressionar a Conmebol. Não vamos aceitar pressão", completou.


 

Apelo à Conmebol

 
No fim de sua entrevista à TV Galo, Sérgio Coelho fez um apelo à Conmebol. O presidente do Atlético pediu a indicação de um árbitro de primeira linha para o jogo de volta contra o Boca Juniors. 
 
"Acreditamos na Conmebol, acreditamos na isenção da entidade. Pedimos aqui, publicamente, que indiquem um árbitro de primeira linha, um árbitro que venha apitar sem o peso da pressão que vem sendo feita. Esperamos um árbitro neutro, que venha e faça o seu trabalho corretamente, honestamente. É o que a gente espera e, publicamente, pedimos a Conmebol que indique um árbitro desse".
 

Tratamento na Argentina

 
A recepção do Atlético na Argentina também foi assunto na entrevista do presidente alvinegro. Sérgio Coelho reclamou de autoridades locais e do Boca Juniors pelo tratamento dispensado ao Galo. Leia a íntegra:
 
"Foi uma decepção total, começando pela chegada. Chegamos no aeroporto quase meia-noite. Fizeram que todos os membros da nossa delegação fossem testados para COVID-19, sendo que todos nós havíamos sido testados no próprio domingo, dia da viagem, e estávamos com os testes negativos. Ficamos duas horas esperando sair o resultado, de madrugada, muito frio na Argentina. Fomos chegar no hotel quase às 3h.
 
Não fomos recebidos conforme a gente esperava, como é de costume. A começar pela comissão técnica do Boca Juniors, que pressionou insistentemente, durante todo o jogo, o nosso treinador, o Cuca, inclusive com ofensas morais. Eles fizeram pressão do início ao final do jogo, inclusive com a participação do treinador do Boca Juniors.
 
Infelizmente também não (fomos bem tratados durante o jogo). Nos colocaram no canto do estádio, com uma visibilidade horrível, sendo que todos os outros pontos do estádio estavam vazios, porque não tinha torcida. Nós ficamos lá no canto, a Deus dará.
 
Teve mais um episódio de uma má recepção. Nós, da diretoria, estávamos saindo, andando poucos metros. A segurança do Boca Juniors nos impediu de prosseguir. Ficamos 40 minutos num corredor, com uma corrente de vento, muito frio, sem podermos dar continuidade à nossa saída. Não entendemos porque, uma vez que o estádio não tinha torcedor, não tinha ninguém. Eles disseram que era por segurança. Não sei que tipo de segurança, a não ser pela própria comissão técnica, membros do Boca, nos agredir.
 
Nós chegamos no aeroporto, desembarcamos, fomos para a sala de embarque internacional, ficamos parados esperando por um bom tempo. Depois, veio a notícia que não era naquele lugar. Entramos todos nos ônibus novamente, viajamos mais dez minutos para outro embarque. Nos deixaram esperando por meia hora no ônibus para depois liberar o nosso embarque. Certamente, ficamos próximo de duas horas neste vai e vem para embarcar. Mais uma recepção que a gente não esperava deles.
 
Eles serão recebidos, recepcionados, da mesma forma que nos receberam. Da mesma forma, exatamente igual".

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