O presidente do Atlético, Sérgio Coelho, demonstrou incômodo com a atitude da Conmebol de suspender o árbitro Andres Rojas e o árbitro de vídeo Derlis Lopez pela anulação do gol do Boca Juniors contra o a equipe mineira, no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, na Bombonera. Em um vídeo divulgado pela TV Galo, o mandatário alvinegro afirmou que o clube não aceitará pressão na partida de volta, marcada para a próxima terça-feira, às 19h15, no Mineirão.
Com auxílio do VAR, foi marcada infração do atacante Briasco em cima do zagueiro Nathan Silva em disputa de bola anterior ao gol do Boca Juniors. Para a arbitragem, o jogador do clube argentino empurrou o defensor alvinegro quando este subia para cortar a bola de cabeça da área.
Com auxílio do VAR, foi marcada infração do atacante Briasco em cima do zagueiro Nathan Silva em disputa de bola anterior ao gol do Boca Juniors. Para a arbitragem, o jogador do clube argentino empurrou o defensor alvinegro quando este subia para cortar a bola de cabeça da área.
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Para Sérgio Coelho, o lance que gerou toda a discussão durante o jogo e, consequentemente, a suspensão da dupla de árbitros, foi assinalado corretamente. De acordo com o presidente alvinegro, não deveria existir reclamação do lance.
"O lance era para ser anulado sim. Todos podem comprovar vendo o tape. O atacante do Boca empurrou com as duas mãos o nosso defensor Nathan. Está claro para todo mundo que ele foi empurrado, não tem como discutir não, isso é fato. Além da decisão do juiz ter sido correta depois de ver o VAR, os árbitros do VAR também confirmaram que havia uma falta. Não tem dúvida disso. Inclusive, tem gravações da conversa deles. Não tem o que reclamar. Reclamar porque anularam um gol que tinha que ser anulado? Não tem o que reclamar, no meu ponto de vista", disse.
Sérgio Coelho afirmou que o gol anulado do Boca Juniors foi o assunto do dia seguinte na Argentina. Para o presidente do Galo, a imprensa do país tentou pressionar a Conmebol em função do lance.
"Acordei próximo das 6h, liguei a televisão e, até a hora que saímos do hotel, a mídia só noticiava esse lance. Ficou nítida a intenção de pressionar a Conmebol. Não vamos aceitar pressão", completou.
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Apelo à Conmebol
No fim de sua entrevista à TV Galo, Sérgio Coelho fez um apelo à Conmebol. O presidente do Atlético pediu a indicação de um árbitro de primeira linha para o jogo de volta contra o Boca Juniors.
"Acreditamos na Conmebol, acreditamos na isenção da entidade. Pedimos aqui, publicamente, que indiquem um árbitro de primeira linha, um árbitro que venha apitar sem o peso da pressão que vem sendo feita. Esperamos um árbitro neutro, que venha e faça o seu trabalho corretamente, honestamente. É o que a gente espera e, publicamente, pedimos a Conmebol que indique um árbitro desse".
Tratamento na Argentina
A recepção do Atlético na Argentina também foi assunto na entrevista do presidente alvinegro. Sérgio Coelho reclamou de autoridades locais e do Boca Juniors pelo tratamento dispensado ao Galo. Leia a íntegra:
"Foi uma decepção total, começando pela chegada. Chegamos no aeroporto quase meia-noite. Fizeram que todos os membros da nossa delegação fossem testados para COVID-19, sendo que todos nós havíamos sido testados no próprio domingo, dia da viagem, e estávamos com os testes negativos. Ficamos duas horas esperando sair o resultado, de madrugada, muito frio na Argentina. Fomos chegar no hotel quase às 3h.
Não fomos recebidos conforme a gente esperava, como é de costume. A começar pela comissão técnica do Boca Juniors, que pressionou insistentemente, durante todo o jogo, o nosso treinador, o Cuca, inclusive com ofensas morais. Eles fizeram pressão do início ao final do jogo, inclusive com a participação do treinador do Boca Juniors.
Infelizmente também não (fomos bem tratados durante o jogo). Nos colocaram no canto do estádio, com uma visibilidade horrível, sendo que todos os outros pontos do estádio estavam vazios, porque não tinha torcida. Nós ficamos lá no canto, a Deus dará.
Teve mais um episódio de uma má recepção. Nós, da diretoria, estávamos saindo, andando poucos metros. A segurança do Boca Juniors nos impediu de prosseguir. Ficamos 40 minutos num corredor, com uma corrente de vento, muito frio, sem podermos dar continuidade à nossa saída. Não entendemos porque, uma vez que o estádio não tinha torcedor, não tinha ninguém. Eles disseram que era por segurança. Não sei que tipo de segurança, a não ser pela própria comissão técnica, membros do Boca, nos agredir.
Nós chegamos no aeroporto, desembarcamos, fomos para a sala de embarque internacional, ficamos parados esperando por um bom tempo. Depois, veio a notícia que não era naquele lugar. Entramos todos nos ônibus novamente, viajamos mais dez minutos para outro embarque. Nos deixaram esperando por meia hora no ônibus para depois liberar o nosso embarque. Certamente, ficamos próximo de duas horas neste vai e vem para embarcar. Mais uma recepção que a gente não esperava deles.
Eles serão recebidos, recepcionados, da mesma forma que nos receberam. Da mesma forma, exatamente igual".