Everson falhou nos dois gols do Ceará, e assumiu isso, mas não pode ser o único responsabilizado pelo revés do Atlético por 2 a 1 no Castelão, em Fortaleza, na noite desta quinta-feira. Todo o time mineiro deixou a desejar, principalmente no primeiro tempo, quando praticamente não criou chances de gol, além de ser alvo fácil para o adversário.
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Os motivos todos já sabem: nada menos que 14 desfalques, a maioria por novo surto de COVID-19 no clube, além de convocações para seleções e contusões. Além disso, alguns jogadores estiveram abaixo do normal, casos dos atacantes Hyoran e Keno e até de Hulk, cujos bons momentos foram apenas lampejos dos que já mostrou neste pouco tempo com a camisa alvinegra.
Caberá a Cuca encontrar soluções para o jogo com o Santos, já neste domingo, novamente fora de casa. Ficou provável não ser possível tentar manter a saída apoiada sem três dos principais zagueiros, Igor Rabello e Junior Alonso, além de Réver, que entrou só no segundo tempo por conta de problemas físicos.
A aposta em jovens valores neste momento de instabilidade é necessária, mas também arriscada. Muitos ainda não têm a maturidade suficiente para encarar um jogo de Série A do Campeonato Brasileiro, sempre muito disputado e cheio de armadilhas.
Vai caber aos mais experientes, e ao técnico Cuca, assumir a responsabilidade neste momento de turbulência. Serenidade é o melhor remédio quando as coisas não saem como se deseja e mais que nunca é preciso saber que o Brasileiro é uma competição de regularidade. Há muita coisa pela frente, o Atlético segue como um dos favoritos ao título, tem grupo forte. Só precisa manter a cabeça no lugar.