Não há grupo que seja forte o suficiente para superar ausências de 10 jogadores, sendo quatro titulares absolutos. É isso que ficou claro depois do empate do Atlético por 1 a 1 com a Chapecoense, em pleno Mineirão, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, na noite desta segunda-feira.
Por mais que tenha bons reservas, sendo que alguns deles também não estavam disponíveis, o time sente mudanças tão profundas. Ainda que tenha contado com jogadores da qualidade de Guilhereme Arana, Tchê Tchê e Hulk, fez falta a presença de Nacho Fernández, verdadeiro “cérebro” da equipe alvinegra. E também a dupla de aga titular, formada por Igor Rabello e Junior Alonso.
Há de se levar em conta que o time já havia conquistado bons resultados desfalcado, como na vitória sobre o Internacional, no Beira-Rio. Mas uma hora as ausências iam cobrar o preço, ainda que o Galo tenha tido chances de fazer o segundo gol quando vencia por 1 a 0.
Um dos pontos apontados por Cuca para justificar a atuação ruim foi a parte psicológica. Afinal, os relacionados para o jogo viram companheiros serem tirados da relação pouco mais de 24 horas antes de entrar em campo em função de terem testado positivo para a COVID-19. Segundo o treinador, atletas ficaram abalados, até por temerem também estar contaminados e, pior, terem contaminado as famílias. “Você acha que isso não mexe com a cabeça deles?”, questionou.
O problema é que a pandemia já ocorre no Brasil há 15 meses e parece longe de terminar. Assim, novos surtos poderão ocorrer e atrapalhar os planos do Atlético, que não é a única agremiação sujeita a isso. É só mais uma adversidade no caminho de quem quer ser campeão brasileiro.