A tradição do '9' com a '7': Hulk segue passos de artilheiros do Atlético
Valdir Bigode, Guilherme Alves e Jô vestiam mesmo número do goleador alvinegro
Túlio Kaizer
Valdir, Guilherme, Jô e Hulk: goleadores do Galo com a camisa 7 - Foto: Arquivo/Estado de Minas e Divulgação/Atlético
Ver o goleador do time utilizar a camisa 7 não é novidade para o torcedor do Atlético. Nas últimas décadas, o clube teve Valdir Bigode, Guilherme Alves e Jô carregando o número às costas e dando alegrias aos alvinegros. Agora é Hulk que tenta manter essa tradição para alcançar glórias no Galo (veja os números dos centroavantes na galeria abaixo).
A tradição do '9' com a camisa 7 do Atlético
Valdir Bigode marcou 57 gols em 111 jogos com a camisa do Atlético, média superior à 0,50 gols/partida. - Arquivo/Estado de Minas
Valdir Bigode (com a taça) fez gol na final da Copa Conmebol de 1997, contra o Lanús, na Argentina. O Galo conquistou o bicampeonato naquela temporada. - Arquivo/Estado de Minas
A primeira passagem de Valdir pelo Atlético foi entre 1997 e 1999. O artilheiro fez 50 gols em 80 partidas, média de 0,62 por jogo. - Arquivo/Estado de Minas
Na segunda passagem, entre 2000 e 2001, Valdir amargou o banco de reservas. Opção para o artilheiro Guilherme Alves, foram 31 partidas e sete gols. - Arquivo/Estado de Minas
Guilherme anotou 139 gols em 205 partidas com a camisa do Atlético. Ele é o 7° maior artilheiro do clube. - Arquivo/Estado de Minas
Guilherme foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1999, com 28 gols marcados. - Arquivo/Estado de Minas
Na primeira passagem, entre 1999 e 2002, Guilherme jogou 163 vezes pelo Atlético e 111 gols marcados. - Arquivo/Estado de Minas
A segunda passagem aconteceu em 2003. Foram 42 partidas e 28 gols naquela temporada. Ele acabou vendido ao Al Ittihad, da Arábia Saudita. - Arquivo/Estado de Minas
Contratado após saída conturbada do Internacional, Jô marcou 39 gols em 127 partidas com a camisa do Atlético. - Arquivo/Atlético
Em 2013, Jô foi o artilheiro da Copa Libertadores, com sete gols marcados na campanha do título. - Arquivo/Atlético
Entre 2014 e 2015, Jô amargou longo jejum de gols. Foram mais de 13 meses sem balançar as redes (31 jogos, sendo 26 pelo Galo e cinco pela Seleção Brasileira). - Arquivo/Atlético
O fim do jejum foi especial. Com o polêmico gol na final do Campeonato Mineiro de 2015, Jô deu o título ao Atlético contra a Caldense, garantindo a vitória por 2 a 1. - Arquivo/Atlético
Hulk foi contratado, inicialmente, para jogar pelo lado direito do ataque do Atlético. O início não foi muito empolgante, com oito jogos, um gol e uma assistência, além da reserva em várias partidas. - Pedro Souza/Atlético
Quando passou a ser o centroavante e após cobrar uma sequência de Cuca no time, Hulk embalou. Já são dez gols em 20 jogos pelo Galo, além de quatro assistências. - Pedro Souza/Atlético
Com seis gols marcados, Hulk é o artilheiro da Copa Libertadores, ao lado de Borja, do Junior-COL, Gabigol, do Flamengo, e Rony, do Palmeiras. - Pedro Souza/Atlético
Dos dez gols marcados no Atlético, Hulk abriu o placar em cinco partidas. Além disso, ele deu duas assistências quando o jogo estava 0 a 0. - Pedro Souza/Atlético
Hulk não chegou ao Atlético para atuar como centroavante. Mas, após um começo irregular pelo lado do campo, foi acionado para jogar como referência no ataque do Galo e deslanchou. Já são dez gols em 20 partidas realizadas.
O camisa 7 do Galo é o artilheiro da Copa Libertadores, com seis gols, ao lado de Borja, do Junior-COL, Gabigol, do Flamengo, e Rony, do Palmeiras. No Brasileirão, ele balançou as redes duas vezes em duas partidas disputadas.
Tradição da 7
O Atlético teve grandes centroavantes que vestiam a camisa 9: Dadá Maravilha, Reinaldo, Gérson, Nunes e Renaldo. Mas por qual motivo os goleadores do Galo passaram, pelo menos no fim dos anos 90, a vestir a camisa 7? O Superesportes explica.
Na temporada 1997, Valdir Bigode foi contratado para substituir Renaldo e ser o goleador do Galo. O centroavante formava dupla com Marques, mas a fase de ambos não era boa.
Por isso, veio a ideia da mudança de números, como contou Marques ao Superesportes em 2017. “Eu e Valdir não vivíamos uma boa fase. Resolvemos então, trocar de número. Passei a vestir a camisa 9, enquanto ele jogou com a 7. Começamos a jogar bem e passei a jogar com a 9 sempre”, relembrou o ‘Xodó da Massa’.
Depois de Valdir, Guilherme foi o dono da camisa 7 do Atlético. O centroavante é o sétimo maior artilheiro da história do clube.
A tradição da 7 foi retomada em 2013, quando Jô assumiu o número e foi o goleador da Copa Libertadores conquistada pelo clube.
Outro jogador que viveu fase artilheira com a 7 do Galo foi Robinho. Em 2016, o atacante marcou 25 vezes e foi o grande goleador do futebol brasileiro naquela temporada. No entanto, diferentemente dos outros jogadores, ele não era o centroavante da equipe.
Treinadores com mais vitórias nos pontos corridos
CUCA - 224 VITÓRIAS - Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
VANDERLEI LUXEMBURGO - 223 VITÓRIAS - THIAGO RIBEIRO/AGIF/ESTADAO CONTEUDO
MURICY RAMALHO - 213 VITÓRIAS - RUBENS CHIRI / SÃO PAULO
RENATO GAÚCHO - 173 VITÓRIAS - Lucas Uebel/Grêmio
DORIVAL JÚNIOR - 171 VITÓRIAS - Gilvan de Souza/Flamengo
ABEL BRAGA - 156 VITÓRIAS - Ramon Lisboa/EM D.A Press
TITE - 151 VITÓRIAS - JUAN MABROMATA/AFP
MANO MENEZES - 148 VITÓRIAS - LUCAS UEBEL / LIGHT PRESS / CRUZEIRO
CELSO ROTH - 141 VITÓRIAS - Lucas Uebel / VIPCOMM
MARCELO OLIVEIRA - 128 VITÓRIAS - BRUNO CANTINI / ATLÉTICO
VÁGNER MANCINI - 112 VITÓRIAS - Divulgação / Chapecoense