Sorteio realizado pela Conmebol colocou o Boca Juniors no caminho do Atlético nas oitavas de final da Copa Libertadores da América. Caso avance de fase, o Galo terá outro adversário argentino pela frente: o vencedor do confronto entre River Plate e Argentinos Juniors. Desse lado da chave ainda estão Palmeiras, atual campeão do torneio, e São Paulo, que enfrentam Universidad Católica e Racing no início do mata-mata.
O diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, considerou o chaveamento do lado alvinegro como o mais difícil do torneio, mas ressaltou a confiança na trajetória bem-sucedida.
“A gente costuma dizer que não escolhe adversário e tal. Mas é claro que o nosso lado é mais difícil, porque ali estão equipes que já conquistaram Libertadores e outros títulos e, em tese, têm camisa de maior relevância. Mas não adianta, infelizmente não controlamos sorteio. até internamente, no pós-sorteio, falamos que temos que nos preocupar com o que controlamos e depende da gente. isso nós fizemos dentro desta Copa Libertadores, que foi a busca pela classificação, pelo primeiro lugar do grupo e depois o primeiro na classificação. Isso nós podemos controlar, da mesma forma que lá na frente, o que nos resta, é esse imenso desafio de passar pelo Boca. Depois, vamos pensar nos próximos adversários. Não tem outro jeito, vamos fazer de tudo para chegar bem lá no dia 14 de julho”, declarou o dirigente, em entrevista à rádio Itatiaia.
Caetano apontou o equilíbrio de forças no chaveamento e afirmou que, caso passe pelas ‘pedreiras’, o Atlético se credencia ao título da Libertadores.
“Eu até conversei com o Cuca e, quando você faz o enfrentamento na Libertadores, a competição mais importante do continente, duas camisas pesadas, a nossa e a do Boca, depois, caso venha o River, quem passar de fase se credencia a uma possibilidade de conquista. Da mesma forma que, se você não estiver bem preparado até mentalmente, pode ser surpreendido por uma equipe considerada de menor expressão. Confesso que nosso lado, na nossa visão, ficou muito mais parelho, difícil, mas temos que ver o copo pelo lado cheio. Se passarmos, certamente nossa equipe, que vem buscando a confirmação do bom momento, se credencia a uma conquista. Mas vamos com uma etapa de cada vez, até o dia 14 teremos muita coisa pela frente, assim como o nosso adversário, pois o Campeonato Argentino está no fim e depois virá Eliminatórias, Copa América, e não sabemos como eles estarão até lá. E nós vamos chegar da melhor forma para enfrentá-los”, comentou.
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A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ainda não definiu com precisão datas e horários das partidas. Porém, já divulgou que as semanas de 14 e 21 de julho receberão os jogos entre Atlético e Boca. Líder geral da Copa Libertadores, o Galo tem a vantagem de decidir a partida de volta em casa até as semifinais, caso prossiga no torneio.
Adiamento do Brasileiro
No jogo contra o Remo, nesta quinta, pela Copa do Brasil, e Sport, no domingo, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, o Atlético estará desfalcado de seis jogadores convocados para seleções. Com a realização da Copa América no Brasil, o clube pode voltar a sofrer baixas. Apesar da possibilidade, Rodrigo Caetano não é favorável ao adiamento de jogos do Galo. Ele diz que remarcações de partidas atrapalhariam o planejamento para a temporada e traria afunilamento de compromissos decisivos.
“Nesse primeiro momento, os dois primeiros jogos, em que vamos ter a primeira perda de atletas, depois vem o período de Copa América, na verdade nós levantamos o calendário todo. Como temos intenção de chegar em todas as competições, no nosso entendimento, se tivéssemos adiamento das partidas, em outro momento nós teríamos que jogar partidas decisivas a cada três dias. Fiz levantamento, o Galo tem em média um jogo a cada quatro dias, isso a gente está falando desde que retomamos a paralisação da pandemia do ano passado. De lá para cá, mesmo o Galo não indo para frente na Copa do Brasil e na Sul-Americana, no ano passado, tem uma média de um jogo a cada quatro dias. Imagina o ano de 2021, se tivéssemos um adiamento de partidas. Como nós acreditamos no grupo, a gente sabe que tem prejuízo técnico, pois o grupo é de alto nível quanto tem todos à disposição do treinador para que ele faça a melhor escolha. Isso a gente não consegue nesses jogos com jogadores cedidos às seleções. nosso entendimento foi esse, quando alguns de nossos concorrentes jogarem um jogo a cada três dias, o Galo possa seguir com o calendário, que já é apertado, mas que não fique tão inviável como poderia ficar lá na frente”, concluiu.