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Em sequência decisiva, Atlético prioriza recuperação para final com América

Elenco viveu quinta-feira de intenso desgaste físico e emocional na vitória sobre o América de Cáli-COL, na Colômbia, e agora se prepara para o Mineiro

Redação
Hulk durante treino do Atlético na Cidade do Galo - Foto: Pedro Souza/Atlético
O Atlético viveu uma quinta-feira de intenso desgaste físico e emocional na vitória por 3 a 1 sobre o América de Cáli-COL, em Barranquilla, na Colômbia. Além da exigência típica de um jogo de Copa Libertadores, os jogadores dos dois times foram submetidos a um ambiente adverso: enquanto a bola rolava, protestos e violência tomavam as ruas em volta do Estádio Romelio Martínez. Passadas as emoções da partida, o elenco alvinegro agora foca na decisão do Campeonato Mineiro contra o América.



Juntas, comissão técnica e diretoria definiram que a prioridade na preparação para o duelo de ida da final é a recuperação muscular e mental dos jogadores. Afinal, o dia posterior à vitória fora de casa pela competição continental também gerou desgaste. Foram cerca de sete horas no trajeto aéreo de volta a Belo Horizonte, onde o elenco desembarcou por volta de 21h30 dessa sexta-feira.

O único treino antes do clássico de domingo será na tarde deste sábado, na Cidade do Galo. No CT, os jogadores serão submetidos a análises fisiológicas. Com os resultados dos testes em mãos, o técnico Cuca definirá quem estará à disposição para enfrentar o América no Independência, em jogo marcado para 16h. A intenção é evitar lesões e ter os titulares em condições contra o Cerro Porteño-PAR, na próxima quarta-feira, em partida que pode garantir a liderança do Grupo H da Libertadores.

"Agora, a gente vira a chave da Copa Libertadores, e o foco será total na decisão do Estadual, que já começa no domingo. Respeitando demais o América, um grande adversário, muito bem dirigido pelo técnico Lisca. Mas o objetivo realmente é nós fazermos um grande enfrentamento, recuperar bem os atletas até a hora do jogo", disse o diretor de futebol Rodrigo Caetano.



"Cuca vai mandar a campo aquilo que tivermos de melhor em relação às condições físicas para que a gente inicie bem a decisão do Estadual, que é nossa meta também. E aí retomar o foco da Libertadores já na segunda-feira, mirando o jogo lá em Assunção, no Paraguai, contra o Cerro-PAR, para carimbar o primeiro lugar do grupo", completou o dirigente.

O próprio Cuca já havia afirmado que vai utilizar contra o América os jogadores que estiverem melhor preparados fisicamente. A tendência, portanto, é que haja mudanças na formação escolhida para enfrentar o América de Cáli-COL.

"Vou com força máxima. Mas a força máxima não significa os mesmos 11 que jogaram (contra o América-COL). Eu vou medir junto com a fisiologia e a preparação física. Todos os que estiverem nas melhores condições vão jogar. Isso é força máxima", disse.


Na Colômbia, o Atlético foi escalado com Everson; Guga, Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; Jair, Tchê Tchê e Nacho Fernández; Savarino, Keno e Hulk.

Cuca identificou um desgaste acentuado em Barranquilla em função das várias paralisações ao longo do jogo. A arbitragem parou a partida em função dos efeitos do gás lacrimogêneo nos jogadores. O produto foi lançado pela polícia colombiana em manifestantes e levado ao gramado pelo vento.

"O desgaste físico é maior, a concentração tem que ser maior. Passamos por cima das dificuldades e fizemos um grande jogo. Merecemos vencer. É uma recuperação pequena para jogar a final contra o América", reforçou.