Não fosse Menin, Atlético estrearia Arena MRV na Série B, diz ex-presidente
Empresário auxilia o clube financeiramente e ajuda na gestão
Redação
Sette Câmara deixou o clube no fim do ano passado - Foto: Alexandre Guzanshe / EM DA PRESS
Ex-presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara disse que, não fosse a colaboração de Rubens Menin, o clube estrearia a Arena MRV na Série B. Em entrevista ao Canal do Nicola no Youtube, o ex-dirigente alvinegro revelou detalhes de como convenceu o empresário a investir no Galo.
"Em um dado momento, quando vi que o clube tinha uma situação financeira muito difícil, tentei viabilizar uma comissão do Conselho para encontrarmos saídas. Mas isso não teve andamento. Então, diante de tudo que estava vendo, fiz uma auditoria no clube e encontramos uma série de obstáculos para dar andamento ao dia a dia do clube. Foi aí que eu procurei o Rubens Menin. E foi uma coisa que mudou a história do Atlético", disse Sette Câmara.
"Quando ele (Rubens Menin) me recebeu, falei: 'Rubens, sei que um dos maiores sonhos que você tem é ver o Atlético campeão, como grande atleticano que você é, e ver a nossa arena inaugurada com um grande time, com títulos, isso que vai fazer com que a gente se torne pujante, vibrante, à altura da arena que estamos construindo. Mas com a situação atual do clube nós vamos inaugurar esta arena na Série B, não dá".
Valor de cards digitais dos jogadores do Atlético adquiridos na Sorare
Depois da conversa, Rubens Menin aceitou participar da administração do clube. O filho do empresário, Rafael Menin, passou a trabalhar diretamente auxiliando na gestão financeira. Outros empresários também chegaram, como Ricardo Guimarães e Renato Salvador.
"Ele (Rubens Menin) assustou e falou que ia ver. Pediu um prazo para analisar e falou que ia nos ajudar. E aí começamos, veio o Rafal Menin, que ajudou muito, o Rubens começou a colocar recursos numa condição que eu tive que aceitar, porque tínhamos muitas dívidas de Fifa, salários, contratações, pensamos em um projeto grande, e ficamos felizes porque eu desconheço uma coisa que o Rubens tenha colocado a digital dele e que não tenha dado certo. Ele veio, trouxe o Rafael, o Ricardo Guimarães, o Renato Salvador. Ali nós mudamos o clube, e percebi que o clube iria virar".
Neste período, o Atlético aumentou ainda mais a dívida, que já chega a R$ 1,2 bilhão. Sette Câmara acredita que o elenco valorizado possa diminuir essa soma quando atletas forem negociados.
"O Atlético pode ter tido aí um aumento substancial do seu endividamento financeiro. Mas teve aumento gigantesco da valorização do seu elenco", destacou.