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CLÁSSICO 100 ANOS

Atlético venceu o Cruzeiro nos dois clássicos mais importantes da história

Decisão da Copa do Brasil 2014 é lembrada também pela provocação do meia da Raposa, Ricardo Goulart: 'Quarta-feira tem mais'

Juliano Paiva
Tardelli fez o gol do título da Copa do Brasil em cima do Cruzeiro - Foto: Bruno Cantini/Atlético O clássico Atlético e Cruzeiro, que completa 100 anos neste sábado (17/4), é um dos maiores do pais e guarda embates marcantes para as duas torcidas. O atleticano, porém, tem o gostinho de ter vencido os dois jogos mais importantes da história do confronto. Eles aconteceram na final da Copa do Brasil, em 2014, única vez em que Galo e Raposa decidiram um título nacional. 
 
A primeira partida da final, por força de sorteio, foi no estádio Independência, em 12 de novembro. O Atlético venceu por 2 a 0 com gols do atacante Luan e do meia argentino Dátolo. Irretocável em campo, mostrando clara superioridade sobre o rival durante os pouco mais de 90 minutos, o Galo abriu boa vantagem. 



A finalíssima, em 26 de novembro, foi no Mineirão. O Cruzeiro precisava de uma vitória por três gols de diferença para ficar com a taça, mas em nenhum momento deu mostras de que seria capaz do feito. A Raposa até que tentou, mas as jogadas não fluíam. Por outro lado, o Atlético não “sentou” na vantagem que tinha e, novamente, foi melhor do que o adversário. Marcou, atacou, agrediu, sem se acomodar. 
 
O gol histórico do título nacional do Atlético sobre o Cruzeiro foi marcado pelo atacante Diego Tardelli, aos 47 minutos do primeiro tempo. Uma cabeçada forte do lado direito de Fábio, deixando o goleiro no chão, selou a conquista. Foi a vitória mais importante de um sobre o outro em 100 anos de clássico, com um segundo lugar honroso para o triunfo no Independência, duas semanas antes. A torcida atleticana, que só teve direito a 1.833 bilhetes no Gigante da Pampulha, transformou Belo Horizonte num palco para a festa que parecia interminável. 
  

Atlético ergue a taça do título da Copa do Brasil

Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Alexandre Guzanshe/EM.D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam título inédito da Copa do Brasil - Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
Capitão Leonardo Silva ergue a taça e jogadores festejam o título inédito da Copa do Brasil - Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press
O título premiou uma campanha marcante que teve também duas viradas épicas sobre Corinthians e Flamengo, nas quartas de final e semifinal, respectivamente. Em ambos os mata-matas, o Atlético perdeu o jogo de ida, fora, por 2 a 0. No Mineirão, na volta, tomou o 1 a 0 para, em seguida, virar para 4 a 1, tanto em cima do Timão, quanto sobre o Rubro-Negro.   

‘Quarta-feira tem mais’ 

Os dois clássicos mais importantes da história guardam também uma curiosidade que, até hoje, é motivo de gozação. Três dias antes da finalíssima da Copa do Brasil, o Cruzeiro conquistou o bicampeonato brasileiro (2013/2014) ao vencer o Goiás, no Mineirão, por 2 a 1. 


 
Durante a festa dos jogadores no gramado, o meia do Cruzeiro, Ricardo Goulart, soltou a célebre frase: “Quarta-feira tem mais”. Na ocasião, Goulart respondia à abordagem de uma repórter. Segundo ela, o atleta enlouquecia a torcida celeste naquele momento ao tremular uma bandeira na comemoração do título brasileiro.   

Torcedores do Atlético não perdoaram e a produção de memes foi insana - Foto: Meme/Reprodução vídeo/Internet Na quarta-feira, porém, o Atlético venceu o Cruzeiro, por 1 a 0, no Mineirão, levantando a taça da Copa do Brasil. De quebra, como dizia insistentemente a torcida alvinegra na época, carimbou a faixa de campeão brasileiro do rival. O atleticano ainda comemorou o fato de passar o ano de 2014 invicto diante da Raposa. Foram sete clássicos naquela temporada, com quatro vitórias alvinegras e três empates. Vale lembrar que dois daqueles empates, ambos por 0 a 0, valeram o título de campeão mineiro ao Cruzeiro, justamente em cima do Atlético.   

 ‘Ganhar do Cruzeiro é gostoso’ 

Ídolo da torcida do Atlético, Diego Tardelli conquistou aquele status também por ser carrasco do Cruzeiro. O atacante coleciona boas atuações e ótimos números em clássicos contra o arquirrival. Em 20 embates, são nove gols marcados, o que equivale a quase um gol a cada duas partidas.

O gol mais importante foi justamente o do título da Copa do Brasil. “Ganhar do Cruzeiro é gostoso. Aqui é nosso salão de festas”, disse na época o atacante, em êxtase, poucos minutos após a conquista no Mineirão.  

Mas Tardelli tem outros gols marcantes que entraram para o imaginário da torcida alvinegra, inclusive um hat-trick. Com três gols na Arena do Jacaré, o atacante foi decisivo no triunfo, por 4 a 3, pela fase de classificação do Campeonato Mineiro 2011, em 12 de fevereiro. Também pelo Estadual, mas em 2013, ele balançou as redes uma vez na goleada por 3 a 0, no jogo de ida da final no Independência. O Galo terminou o torneio como campeão.

Já no Campeonato Brasileiro 2014, além de fazer um dos gols da vitória do Atlético, por 3 a 2, no Mineirão, em 21 de setembro, Tardelli se juntou ao lateral-direito Marcos Rocha para relembrar a maior goleada da história dos clássicos contra o Cruzeiro: 9 a 2. O placar máximo aconteceu em 27 de novembro de 1927, quando o ataque alvinegro era composto pelo “Trio Maldito”, que tinha Jairo, Mário de Castro e Said.



Tardelli e Marcos Rocha lembraram a maior goleada da história dos clássicos: Atlético 9 x 2 Cruzeiro - Foto: Aexandre Guzanshe/EM/D.A Press. Tardelli jogou pela última vez contra o Cruzeiro em 7 de março do ano passado. Ele entrou na partida aos 24 minutos do segundo tempo na vitória atleticana, por 2 a 1, naquele que ficou conhecido como o “clássico do Cruzeiro Série B”. Já no “clássico centenário”, domingo passado (11/4), na vitória celeste por 1 a 0, ele sequer foi relacionado. Tardelli havia sido liberado pelo departamento médico alvinegro para iniciar a transição física. Ele se recuperou de uma lesão muscular na coxa direita.

Diego Tardelli é o sexto jogador a vestir a camisa preta e branca que mais fez gols no Cruzeiro. Assim como ele, outros quatro marcaram nove vezes diante da Raposa: Nílson, Paulo Isidoro, Guilherme e Lauro. O recordista de gols sobre o arquirrival é Guará, ídolo nos anos 1930, com 26.
 

Maiores artilheiros do Atlético no clássico

Guará - 26 gols (1933 a 1939) - Centro Atleticano de Memória
Reinaldo - 16 gols (1973 a 1985) - Arquivo Estado de Minas
Ubaldo - 16 gols (1950 a 1955; 1958 a 1961) - Centro Atleticano de Memória
Lucas Miranda - 15 gols (1944 a 1954) - Centro Atleticano de Memória
Tomazinho - 10 gols (1954 a 1958; 1959 a 1960) - Centro Atleticano de Memória