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Atlético anuncia o retorno do técnico Cuca até o fim de 2022

Treinador campeão da Copa Libertadores de 2013 volta ao clube após mais de sete anos

postado em 05/03/2021 10:55 / atualizado em 11/03/2021 16:14

(Foto: Ivan Storti/Santos)

Cuca é o novo técnico do Atlético. Campeão da Copa Libertadores de 2013 pelo clube, o treinador de 57 anos está de volta à Cidade do Galo para liderar o ambicioso projeto esportivo alvinegro em 2021. Nesta sexta-feira, a diretoria Alvinegra anunciou o acordo com o treinador. O contrato vai até o fim de 2022.
 
No Atlético, Cuca substituirá o argentino Jorge Sampaoli, que agora comanda o Olympique de Marseille, da França. O acordo foi fechado na última terça-feira, durante reunião entre o técnico e integrantes do órgão colegiado que administra o clube alvinegro.

A primeira opção da diretoria atleticana era Renato Gaúcho, do Grêmio. As negociações, porém, não avançaram. O técnico deve continuar no Sul e assinar a renovação contratual até o fim de 2021.

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 

Esta será a segunda passagem de Cuca pelo Atlético. Contratado no fim de 2011, o treinador protagonizou alguns dos momentos mais marcantes da história centenária do clube, como a heroica campanha que culminou com o título continental. Também ganhou o Campeonato Mineiro em 2012 e 2013.

Mas nem tudo foram flores nos pouco mais de dois anos de Cuca à frente do Atlético. Em 2011, amargou uma derrota por 6 a 1 para o Cruzeiro, em clássico válido pela última rodada do Brasileirão.

Após uma trajetória de títulos e admiração de torcedores, Cuca deixou o Atlético de maneira turbulenta, no fim de 2013. O treinador já estava acertado com o Shandong Luneng, da China, quando dirigiu o time alvinegro no Mundial de Clubes daquele ano (que teve o fiasco na semifinal contra o Raja Casablanca, de Marrocos).

Cuca comandou o Atlético em 153 partidas, com 80 vitórias, 34 empates e 39 vitórias, que correspondem a um aproveitamento de aproximadamente 59,7% dos pontos disputados.

(Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Depois de deixar a Cidade do Galo, Cuca passou por Shandong Luneng, Palmeiras (em duas passagens), Santos, São Paulo e, novamente, Santos.

No período, conquistou o Brasileiro pela equipe alviverde, em 2016. Na temporada 2020, levou o clube praiano ao vice-campeonato da Libertadores.

De volta ao Atlético depois de mais de sete anos, o treinador terá missões ambiciosas. O clube aumentou o investimento em reforços e quer ser protagonista nas principais competições da temporada, como a Libertadores e o Brasileiro.



#CucaNão

Apesar do passado vencedor no comando do Atlético, Cuca não é unanimidade entre os torcedores. Grupos de atleticanos fizeram campanhas nas redes sociais com a hashtag #CucaNão.

O principal motivo da rejeição é a participação do treinador num caso policial ocorrido em 1987, em Berna, na Suíça, quando era jogador do Grêmio. À época, uma garota de 13 anos acusou de estupro coletivo Alexi Stival (Cuca) e outros três atletas: Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges.

Em 1989, os quatro foram condenados não por estupro, mas pela idade da vítima. Embora não tenha sido reconhecido pela garota, Cuca pegou 15 meses de prisão por violência sexual contra pessoa vulnerável (com menos de 16 anos), mas não cumpriu a pena, já que o Brasil não extradita seus cidadãos. Em 2004, a possibilidade de execução expirou.

Por conta disso, vários torcedores do Atlético (entre eles, grupos formados por mulheres) se manifestaram contra a contratação de Cuca. A tag #CucaNão esteve entre os assuntos mais comentados do Brasil no Twitter em diferentes dias das últimas semanas.

Na última terça-feira, Cuca quebrou o silêncio sobre o caso e se disse inocente. "Venho neste momento falar de uma coisa que me incomoda muito, porque há 34 anos houve um episódio comigo. Essas coisas aconteceram há 34 anos e hoje elas estão vindo como se tivessem acontecido hoje e eu fosse condenado e culpado. Para resumir: eu não tenho culpa nenhuma de nada, nunca levantei um dedo indevidamente ou inadequadamente para alguma mulher", disse, em entrevista ao Blog da Marília Ruiz, do Uol.

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