Este domingo marcará o fim de uma ‘Era’ no Clube Atlético Mineiro. Ídolo eternizado por vitórias, títulos e defesas que lhe renderam a “canonização” da torcida, o goleiro Victor defenderá a meta alvinegra pela última vez neste fim de semana. A conclusão da trajetória de quase nove anos em Belo Horizonte será contra a URT, no Mineirão, na partida de estreia do Campeonato Mineiro.
Relembre momentos marcantes de Victor com a camisa do Atlético
Antes de a bola rolar às 18h15, Victor - que brilhou em alguns dos momentos de maior glória da centenária história atleticana - receberá uma série de homenagens no gramado. E pode se despedir jogando: o agora terceiro goleiro alvinegro deve ganhar uma vaga entre os titulares.
Aos 38 anos, Victor se prepara para se despedir dos gramados. Ele tem contrato com o Atlético justamente até este domingo e, após conversas com a diretoria alvinegra e seu empresário, ficou decidido que o vínculo não será ampliado.
O arqueiro chegou ao Atlético em junho de 2012. “Torcida mais chata do Brasil, se o problema era goleiro, não é mais. Victor é do %u202AGalo”, escreveu o então presidente alvinegro Alexandre Kalil, responsável por negociar a contratação do jogador, que defendia o Grêmio.
Da estreia com vitória por 2 a 0 sobre a Portuguesa em julho de 2012 até a despedida deste domingo, Victor acumulou grandes atuações e títulos históricos pelo clube alvinegro.
Ao fim da passagem pelo Atlético, terão sido 424 jogos (nona maior marca entre todos os que atuaram pelo Atlético) e oito taças levantadas: quatro do Campeonato Mineiro (2013, 2015, 2017 e 2020), a Copa Libertadores de 2013 e a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil de 2014, além da Florida Cup de 2016.
Entre 2013 e 2014, alcançou o status de ídolo eterno da torcida alvinegra. Foi peça fundamental na heroica campanha do título da Copa Libertadores. Nas quartas de final, ganhou a alcunha de ‘São Victor do Horto’ ao defender, com a perna canhota, a cobrança de pênalti de Riascos na reta final do jogo com o Tijuana, do México.
Na semifinal e na decisão, voltou a defender pênaltis, em atuações marcantes que lhe renderam o prêmio de melhor goleiro da competição. No ano seguinte, foi um dos líderes do elenco nas conquistas da Recopa e da Copa do Brasil, esta última diante do arquirrival Cruzeiro.
A partir de 2019, Victor começou a perder espaço entre os titulares, após sofrer por meses com uma tendinite no joelho esquerdo. Naquela temporada, participou de 34 jogos - pouco mais da metade da marca do ano anterior - e viu Cleiton (hoje no Red Bull Bragantino) se firmar no time.
Na temporada 2020, que se estendeu até este mês, foi reserva durante todo o tempo e viu o Atlético recorrer ao mercado duas vezes, com as chegadas de Everson e Rafael. Mesmo sem jogar, exerceu papel de liderança e seguiu importante, fora de campo, para o elenco. Agora, despede-se do clube em que está eternizado.