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Ex-auxiliar aciona Atlético na Justiça e pede mais de R$ 1 milhão

Bernardo Motta trabalhou no alvinegro por 12 anos até ser demitido em 2020

Túlio Kaizer
Bernardo Motta ficou no banco de reservas do Atlético em um jogo em 2018 - Foto: Bruno Cantini/Atlético

Bernardo Motta, ex-auxiliar técnico do Atlético, acionou o clube na Justiça do Trabalho. A causa do ex-funcionário contra o alvinegro tem valor de R$ 1.080.164,19. A informação foi publicada pelo GE e confirmada pelo Superesportes.



Bernardo trabalhou no Atlético por 12 anos. Em 2020, o clube demitiu o funcionário durante o período de pandemia em função do coronavírus (17 de março). Na época, ele era auxiliar-técnico da comissão fixa do clube.

Ele foi contratado pelo Atlético em agosto de 2008. Na época, ele tinha o cargo de assistente de gerência, com função de "análise técnica de jogadores e adversários, através de vídeos e DVDs, repassar informações ao departamento de futebol sobre adversários e novos atletas para contratação".

Em 2013, Bernardo passou a realizar trabalhos também no campo, durante treinamentos e partidas. Em janeiro de 2016, a partir da chegada do técnico Diego Aguirre, passou a realizar análise de adversários e atletas de forma presencial. 



Em julho de 2018, com a efetivação de Thiago Larghi no comando da equipe alvinegra, foi efetivado pelo presidente Sérgio Sette Câmara para auxiliar-técnico, com aumento salarial significativo (60% na carteira e 40% ‘por fora’). Mas, com a demissão do treinador, ele teve seus vencimentos reduzidos pelo clube (em 33% e sem direitos de imagem). 

No entanto, Bernardo seguiu como auxiliar-técnico na comissão de Levir Culpi, mesmo com o salário menor. Em 2019, com a chegada de Rodrigo Santana, o funcionário parou de viajar para jogos fora de casa e retomou a função de analista de adversários, incluindo acompanhamento in loco das equipes. Ele ficou na função até a demissão em 2020.

Pedidos


O principal pedido de Bernardo Motta na Justiça do Trabalho é a reintegração da "redução salarial ilegal efetuada" entre outubro de 2018 e março de 2020, “bem como os reflexos correspondentes em 13º salário, férias, terço constitucional, FGTS, multa de 40%, aviso prévio, horas extras, RSR, adicional noturno e demais verbas pleiteadas nesta ação”, no valor de R$ 689.595,00.



Bernardo também cobra o pagamento de horas extras excedentes à 8ª diária, ou a 44ª semanal, no valor de R$ 120.441,85. 

Com todos os pedidos feitos, o valor total da causa é de R$ 1.080.164,19.

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