Caetano minimiza irritação de Sampaoli no Atlético com cobrança de torcida

O diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, tratou de afastar qualquer insatisfação interna provocada pelo protesto de torcedores da Galoucura, principal organizada do clube, antes da partida contra o Santos, na terça-feira passada. Segundo fontes próximas ao técnico Jorge Sampaoli, o argentino ficou irritado com a manifestação e chegou até a colocar em dúvida a permanência no Galo depois do Campeonato Brasileiro. 

Em entrevista ao programa Bastidores, da Rádio Itatiaia, nesta quinta-feira, Rodrigo Caetano admitiu que o protesto causou certo incômodo, mas garantiu que as conversas com Sampaoli têm sido no sentido de planejar o Atlético para a reta final do Brasileiro e o começo da temporada de 2021. O treinador tem contrato em vigor até 31 de dezembro deste ano. 

Caetano disse que entende a reação dos integrantes da Galoucura que protestaram na porta da Cidade do Galo, antes da saída da delegação para o Mineirão. Apesar de algumas fontes terem revelado ao SUPERESPORTES que Sampaoli demonstrou muita irritação com o fato, o dirigente assegurou que o foco está voltado para a reta de chegada do Brasileiro e a montagem do grupo para as competições em 2021.

"Expectativa e frustração andam muito juntas. É natural que a expectativa seja a de título, assim como a nossa também. E num momento adverso, vem a frustração", declarou Caetano, citando a derrota para o Vasco, por 3 a 2, em São Januário, na noite de sábado passado, o que aumentou a insatisfação dos torcedores. 

"Nós respeitamos qualquer tipo de manifestação dentro do limite da segurança e da racionalidade, sem qualquer tipo de ato violento. E isso em nenhum momento aconteceu, os torcedores foram cobrar, mas também apoiar antes do jogo contra o Santos. Dizer que o profissional, atletas ou mesmo nós, gostamos que o torcedor venha para cobrar em vez de apoiar, é óbvio que não. Seria hipocrosia. Houve o registro e nós entendemos o torcedor, respeitamos demais", frisou.

Rodrigo Caetano reforçou que a preocupação da diretoria, comissão técnica e jogadores é com um desfecho positivo nas rodadas finais do Brasileiro. "Estive com o Sampaoli para começar a planejar os próximos jogos e discutir a próxima temporada. Agora, no íntimo de cada um, obviamente vamos preferir ver o torcedor nos apoiando, porque sempre foi a maior marca que o Galo tem, uma torcida gigantesca e apaixonada e na maioria da vezes, empurrou o time nas grandes conquistas", ressaltou.

O dirigente disse que não só o Atlético, mas todos os times que estão na briga pelo título tiveram momentos ruins ao longo da Série A. "Infelizmente, por causa da pandemia, (a torcida) não pode estar no Mineirão para nos apoiar, mas tenho certeza que nesses seis jogos pode ser o combustível se manifestando com pensamento positivo para a equipe. A gente respeita, esperamos que o torcedor se sinta representado pela equipe, que vem fazendo um grande campeonato e oscila como qualquer equipe do futebol brasileiro. Espero que a gente engate uma sequência de vitórias e lute por esse título até o fim", comentou.