Nos últimos meses, Hulk recebeu contatos de diferentes clubes pelo mundo. Porém, a tendência é que o experiente atacante de 34 anos possa, enfim, impulsionar o desejo de brilhar profissionalmente num grande time brasileiro. Após uma trajetória de destaque no futebol europeu e asiático, o próximo destino deve mesmo ser o Atlético, que enfrenta concorrência internacional.

O clube alvinegro contou com auxílio de patrocinadores para apresentar proposta pelo ex-jogador da Seleção Brasileira. Agora, aguarda resposta até esta sexta-feira. Se o desfecho for positivo, o treinador Jorge Sampaoli contará com um atleta que já passou pelo auge físico - aspecto fundamental para seu desempenho -, mas ainda pode desequilibrar tecnicamente no futebol nacional.

Formado nas categorias de base do Vitória, Hulk deixou o Brasil cedo, depois de apenas duas partidas como profissional. No exterior, construiu uma carreira vitoriosa. Brilhou no Japão, em Portugal, na Rússia e na China. E os números comprovam isso. Em 595 partidas oficiais, foi às redes 307 vezes, de acordo com dados de sua assessoria de comunicação. A alta média de 0,51 significa que o atacante faz um gol a cada dois jogos.

São números impressionantes, especialmente por se tratar de um jogador que passou a maior parte da carreira atuando pelos lados - e não propriamente como centroavante, o que se poderia pressupor pelo tipo físico avantajado. No Atlético, pode se tornar alternativa para a vaga de Savarino, na direita, ou mesmo atuar centralizado, no setor ocupado por Vargas e Sasha.

Depois de deixar o Vitória, o jovem Hulk brilhou no futebol japonês. Por lá, acumulou 74 gols em 110 partidas oficiais com as camisas de Kawasaki Frontale, Consadole Sapporo e Tokyo Verdy. O destaque no futebol asiático chamou a atenção do Porto, que resolveu contratá-lo em 2008.

A adaptação à Europa foi instantânea. Na primeira temporada, teve números interessantes: nove gols em 44 partidas. Na segunda, firmou-se como titular do gigante português e, ainda pouco conhecido no Brasil, foi convocado por Dunga em 27 de outubro de 2009 e integrou pela primeira vez o elenco da Seleção.

O alto nível e os 11 títulos conquistados em Portugal alçaram Hulk ao status de ídolo do Porto. Em 2012, o Zenit, da Rússia, topou pagar 60 milhões de euros (cerca de R$ 153 milhões na cotação da época) para contratá-lo, segundo a imprensa local. Era sacramentada a transferência mais cara do futebol português e russo até então.

No Leste Europeu, Hulk, novamente, foi artilheiro. Nas quatro temporadas com o Zenit, fez 77 gols em 148 jogos (média de 0,52), conquistou títulos a cavou uma vaga na Copa do Mundo de 2014. Em entrevista à TV Globo, o técnico Felipão rasgou elogios ao atacante durante o período preparatório para o Mundial.

“Tenho gostado do Hulk. É um jogador que taticamente dá um equilíbrio à equipe pelo lado do campo. Faz com que o time tenha um poder de marcação e posicionamento melhor. Além disso, como ele é rápido e forte, ainda consegue chegar à frente e fazer os gols. Tem treinado muito bem”, disse, na época.

Na Copa no Brasil, Hulk fez seis jogos e não foi às redes. A falta de gols em partidas oficiais, aliás, foi o ponto baixo do atacante com o uniforme verde e amarelo. Em 48 aparições, marcou 11 vezes - apenas uma delas em competição, com a Seleção Olímpica.

Em 2016, Hulk recebeu uma proposta multimilionária e resolveu deixar a Rússia. Pela compra, o Shanghai SIPG topou pagar ao Zenit 55 milhões de euros (R$ 204 milhões na cotação da época) para concluir a aquisição mais cara da história do futebol chinês até então.

De volta à Ásia, Hulk, mais uma vez, brilhou. Foram 77 gols em 145 partidas oficiais. Em 25 de novembro de 2020, vestiu a camisa do Shanghai SIPG pela última vez. Pouco depois, anunciou que não renovaria contrato e procuraria um novo clube para a sequência da carreira.

E o destino pode ser o Atlético, que, conforme publicou o Superesportes nessa quarta-feira, está muito próximo de alcançar os valores desejados por Hulk e seu estafe. Para ter os gols do atacante, o clube aceitou elevar o investimento a um novo patamar. E deseja, com contratações como essa, colocar-se de vez como protagonista do futebol sul-americano.

Vitória: 2 jogos e 0 gols

Kawasaki Frontale/JAP: 14 jogos e 3 gols

Consadole Sapporo/JAP: 41 jogos e 26 gols

Tokyo Verdy/JAP: 55 jogos e 45 gols

Porto/POR: 170 jogos e 78 gols

Zenit/RUS: 148 jogos e 77 gols

Shanghai SIPG/CHN: 145 jogos e 77 gols

Sel. Brasileira: 15 jogos e 0 gols

Sel. Olímpica: 5 jogos e 1 gol

TOTAL: 595 jogos e 307 gols