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Incomodado com protestos, Sampaoli põe em dúvida permanência no Atlético

Treinador e elenco não receberam bem as manifestações de organizada num momento em que o time está na briga pelo título do Campeonato Brasileiro

postado em 27/01/2021 15:28 / atualizado em 27/01/2021 15:39

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Os recentes protestos de parte da torcida do Atlético não foram bem recebidos pelo técnico Jorge Sampaoli, que começa a colocar em dúvida sua continuidade no comando do clube após o fim da temporada. O argentino já conversou sobre o assunto com pessoas próximas.

O Superesportes apurou que o treinador está inconformado com a reação de organizadas, que o elegeram alvo no momento em que o Galo disputa o título do Campeonato Brasileiro. Os jogadores também ficaram incomodados com as cobranças de torcedores.

Sampaoli entende que este era o momento de a torcida fortalecer o time em busca de uma arrancada pela taça. A seis rodadas do fim, o Atlético é o terceiro colocado, com 57 pontos - cinco a menos que o líder Internacional.

Durante o protesto que antecedeu a vitória por 2 a 0 sobre o Santos, nessa terça-feira, torcedores entoaram um cântico contra o treinador: "Ô Sampaoli, seu vacilão, ganhar do Santos já virou obrigação".

Além de protestar contra treinador e jogadores, caso do goleiro Everson, a torcida também procurou a rede social da esposa do goleiro. Isso tem incomodado não apenas Sampaoli, mas outros atletas do elenco.

Sampaoli tem contrato com o Atlético até 2021. A multa para demissão ou quebra contratual gira em torno de 2,5 a 3 milhões de euros (R$ 16,3 milhões e R$ 19,5 milhões), segundo revelou o então vice-presidente do Galo, Lásaro Cândido da Cunha, no ano passado.

Caso decida não permanecer no clube, Sampaoli pode buscar um acordo com os investidores Rafael e Rubens Menin (MRV), que ajudam no pagamento do salário do argentino. O colegiado que administra o Atlético, por outro lado, tem a intenção de ampliar o contrato com o comandante até o fim de 2022.

Sampaoli tem um filho que nasceu em setembro do ano passado, Léon, e será pai mais uma vez. O cuidado com ele e a família também pode pesar na decisão. No protesto dessa terça-feira, a Galoucura ameaçou invadir a Cidade do Galo.


A reportagem ligou para o presidente Sérgio Coelho, que pediu para a assessoria de comunicação do clube ser acionada para falar sobre o assunto. A assessoria, por sua vez, informou que o clube não irá se posicionar sobre o tema.

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